O Movimento para Alternância Democrata (MADEM G-15) diz estar em condições de apresentar a conta da última eleição legislativa caso seja necessário. Não obstante, o partido diz esperar subvenção do governo “como manda a lei”.
O Ministério Público, na semana passada, alertou aos partidos políticos que em caso de não apresentarem os relatórios das contas da anterior campanha eleitoral não serão admitidos a concorrer às eleições marcadas para 18 de dezembro.
Perante esta situação, o Secretário Nacional do MADENM-G15, Abel da Silva, disse que antes da tomada de decisão o Ministério Público deveria saber do montante disponibilizado aos partidos por parte do governo.
“Queremos saber o que a lei diz e qual o financiamento dado pelo governo de acordo com a lei porque o governo deve cumprir a sua parte. Porque o governo deve dar dinheiro aos partidos políticos e a lei não deve ser cumprida só de uma parte”, adverte.
Na mesma senda, a Rádio Sol Mansi tentou ouvir os partidos com acento parlamentar, nomeadamente, o PAIGC, PRS, APU-PDGB, UM e PND mas sem sucesso mas a RSM sabe que os libertadores encontram-se numa reunião do comité central.
Na opinião do comentador permanente da RSM, Rui Jorge Semedo, no programa "caso de semana", esta medida é uma perseguição aos partidos políticos e sobretudo o MP continua naquilo que considera de teatro de sempre como também do "menino de mandado”.
“Estas são as mesmas jogadas a serem feitas pela Procuradoria-Geral da República. Se querem fazer algo deve ser no tempo e na hora e de uma forma transparente. Este anúncio é uma perseguição aos partidos políticos e isso é uma política que estão a fazer. Esperamos que, se realmente vão implementar esta decisão, não se esqueçam de fazer o mesmo com os candidatos à presidência da República e aqui é que vamos ver pessoas a passar vergonha”, disse.
Rui Jorge disse ainda que os partidos e candidatos esbanjam dinheiros durante todo o processo e os hospitais carecem de tudo porque “os nossos hospitais são piores mas se o dinheiro utilizado na política for utilizado devidamente os nossos hospitais seriam melhores do que muitos países”.
A decisão do Ministério Pública de vetar qualquer partido que não apresentar as contas das últimas eleições foi anunciada pelo coordenador do Gabinete de Luta Contra Corrupção e Delitos Económicos. E, caso se concretizar, será a primeira vez a ser aplicada.
Por: Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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