O ministro da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, afirmou hoje que aguardam a chegada de impressoras para arrancar com o recenseamento eleitoral no país para as eleições legislativas, marcadas para 18 de dezembro.
“É preciso a chegada das impressoras, ‘kits'[de recenseamento] temos os suficientes, agora as respetivas impressoras é que precisam chegar muito rápido para que o GTAPE (Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral) possa estar em condições de dar início ao processo de recenseamento eleitoral, esta é a preocupação maior que nós temos”, disse o ministro.
Fernando Gomes falava à imprensa no final de uma visita que realizou ao GTAPE, depois de na quarta-feira ter estado reunido com a Comissão Nacional de Eleições.
Segundo o ministro, o Governo guineense já pagou as impressoras à empresa que as vai produzir, aguardando-se agora que sejam entregues.
“Acredito que o Governo irá fazer o máximo de esforço para resolver essa questão. Vamos fazer de tudo, não é fácil, com estes condicionalismos, vamos entrar na época da chuva. Isso vai ser complicado, mas sou otimista e acredito que se vai encontrar uma solução”, salientou.
O ministro confessou estar preocupado, depois da visita ao GTAPE, porque aquele organismo é que trata de toda a parte operacional e é necessário que tenha todos os meios necessários “para que de facto possam fazer um trabalho num prazo recorde”.
“São técnicos muito capazes, experientes, mas faltam meios e por isso como ministro da tutela estou preocupado com isso. Vou encetar contactos de alto nível no sentido de comunicar e informar sobre a real situação que constatei aqui no GTAPE”, afirmou.
Questionado pelos jornalistas sobre se o recenseamento eleitoral será de raiz, o ministro precisou que foi aquela a “decisão política”.
Em relação ao esforço financeiro para realizar as eleições, Fernando Gomes disse não estar preocupado com o dinheiro, mas com a chegada dos materiais, salientando que já foram encetados contactos com os parceiros internacionais da Guiné-Bissau.
Questionado sobre se vai ser preciso apoio financeiro, o ministro disse que sim, mas não na totalidade do orçamento previsto para a realização do escrutínio, que ainda não quis precisar.
“O esforço interno está a ser feito e alguns parceiros internacionais já foram contactados”, afirmou, salientando estar otimista de que eleições se vão realizar na data prevista.
Conosaba/Lusa
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