Passados oito dias, não podia deixar de exprimir o meu repudio pela tentativa de decapitação da cúpula do Estado, no dia 1 de Fevereiro. Não sei por onde começar, e onde e como encontrar as palavras mais adequadas para caracterizar alguns Guineenses, nossos irmãos, que, empurrados pelo “chaitan” queriam perpetuar aquilo que iria ficar nos anais da história da Guiné-Bissau, como o maior massacre.
Eu, as vezes tenho dificuldades de compreender porque alguns Guineenses não podem copiar os bons exemplos e pensar como seres humanos, e não como animais selvagens?
Como e que um ser humano normal pensa que tem o direito de tirar a vida aos seus semelhantes, de forma gratuita?
Como e que um ser normal pode ignorar que terá contas a prestar no dia da Julgamento Final, perante o Criador?
Assaltar o Palácio do Governo para assassinar gratuitamente os principais dirigentes da Republica da Guiné-Bissau?
Com que propósito? Para prestar serviço a alguém, a troco de que?
E mesmo assim, há ainda Guineenses na Europa que se contentaram e festejaram essa tentativa de assassinato e do consequente derrube do regime, como se o ato não se tratasse se ceifar vidas humanas!
Anta suma es ika kil Guineenses cu no cunsi. Ista suma mindjor alegria di es Guineenses i pá transforma Guine na Ruanda. Sinceramente, no tem di tarbadja pá caba cu selvageria, pá tira limariandadi di cabeça di alguns Guineenses. Sinto o orgulho de ter nascido na Guiné-Bissau e estar a viver e a servir o pais, dentro dos meus limites, mas muito preocupado com as violências que estamos a assistir.
Não será suficiente as asneiras que já se cometeram ao longo dos anos, desde a nossa independência nacional proclamada unilateralmente a 24 de Setembro de 1973?
Cada Guineense tem o direito de avaliar o desempenho dos titulares dos órgãos de soberania, nomeadamente o Presidente da República e o governo, um governo que resultou da nova maior parlamentar,
Essa maioria e legal constitucional, porque e composto por 102 deputados que compõe dentro do hemiciclo. Mas ir até ao ponto de pensar decapitar a cúpula do Estado, Presidente da República, Primeiro-ministro, ministros e demais presentes naquele dia na reunião do conselho de ministros! Por amor de Deus, a Guiné-Bissau precisa de tudo menos de tragédias que não contribuem senão para a amaldiçoar o pais.
As eleições legislativas estão a vista, e ao Presidente da República restam apenas três anos. Qual e a pressa, se em democracia o poder político se conquista nas urnas?
Aconteceu com o Nino Vieira, mas os Guineenses nunca mais deixarão que tragédias como aquela que aconteceu numa noite em do mês de Março 2009 se repita. Figa canhota!
Por: Yanick Aerton.
Sem comentários:
Enviar um comentário