O presidente da Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular (ANP) para a área da Defesa e Segurança, José Carlos Macedo Monteiro, afirmou que ninguém deve ser proibido de exercer as suas funções ou de emitir opinão sobre assuntos do país, num Estado democrático.
“Se quisermos que o nosso país tenha sucesso, não devemos intimidar as pessoas, por emitirem suas opiniões”, sublinhou.
José Carlos Macedo Monteiro falava depois da audiência com o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Vede (PAIGC), Domingos Simões Perreira, impedido de viajar para exterior pelo Ministério Público, e o ativista e comentador político, Luís Vaz Martins, que sofreu tentativa de um alegado assassinato, denunciado pela Liga Guineense dos Direitos Hunamos (LGDH).
O Deputado da Nação sublinhou que a audiência com o líder do PAIGC foi na sequência de uma denúncia anónima feita por um dos deputados, sobre “rumores” da existência de uma suposta lista negra no Aeroporto de Bissau.
“Deslocamo-nos ao Aeroporto Osvaldo Vieira para averiguar a veracidade dessas denúncias e rumores sobre a existência de uma lista com nomes das pessoas que não podem sair do país, mas não encontramos nada”, assegurou José Carlos Macedo Monteiro.
À saída da audiência, o presidente do PAIGC disse aos jornalistas que estão a ser subtraídos os direitos e a liberdade fundamentais aos cidadãos, que “é muito grave”.
Domingos Simões Pereira que “ é uma mentira”, quando a Procuradoria-Geral da República invocou os três processos que “não existem” e também dizendo que a ANP teria agendado uma sessão extraordinária onde seria discutido o levantamento da sua imunidade parlamentar.
LUÍS VAZ MARTINS ACUSA UMARO SISSOCO EMBALÓ DE TENTATIVA DE ASSASSINÁ-LO
O ativista e comentador político, Luís Vaz Martins, acusou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, da tentetiva de assassinato.
“Fui seguido por indivíduos num carro de vidro escuro de matrícula estrangeira, concretamente senegalesa. Perseguiram-me no sentido de provocar um acidente para poder justificar de que não foi um acidente provocado”, afirmou e disse que depois de ter chegado à sua residência apareceu um carro de vidro escuro que bateu no seu três vezes.
“Não morri porque fui socorrido por pessoas, depois de o meu carro despistar-se devido a um pneu que tinha furado”, disse.
O antigo presidente da LGDH acusa o Ministério do Interior de pouco ou nada ter feito para o proteger, depois de sofrer tentativa de assassinato.
“Isto só tem significado: a população não está protegida, um Estado deve ser o protetor dos cidadãos”, sublinhou.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Conosaba/odemocratagb
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