Bissau,09 Jul 21 (ANG) – O Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN), pediu hoje ao ministro da Ordem Pública e do Interior, Botche Candé que apresente a sua demissão.
“O ministro do Interior deve pedir a demissão no cargo, face a gravidade dos actos ocorridos em Bafatá, em que as forças de ordem obrigaram dois jovens a nadarem na poça, por alegação de que estavam a incitar uma manifestação violenta para reclamar a falta de eletricidade naquela cidade.”, justificou Idriça Djaló.
Idriça Djaló falava numa conferencia de imprensa sobre a situação sociopolitica actual do país e particularmente sobre o que chama de “violencia policial”, ocorrida no passado dia 05 de Julho em Bafatá.
Disse que não acredita que Botche Cande tenha condições políticas e morais para continuar como ministro de Estado do Interior.
“Ele não deve esperar que seja demitido pelo Chefe de Estado, mas como não o fez , estamos a interpelar públicamente ao Presidente da República a assumir as suas responsabilidades constitucionais e demitir o Ministro em causa, porque o acto mancha a boa imagem do país”, disse.
Idriça Djaló salientou que, as imagens de Bafatá vão caracterizar o actual regime e a Guiné-Bissau, mais do que o narcotráfico ou crime de violação dos direitos humanos, uma vez que o ser humano, diz, “foi reduzido ao estatuto de um animal nesse caso, um porco”.
Djaló salientou que o único que pode lavar essa mancha é o Presidente Sissoco Embaló, através da demissão de Botche Candé.
O líder do PUN pede ao Chefe do Governo para dirigir um pedido de desculpas formais ao povo guineense, devido a gravidade desse acto.
Segundo o político, os partidos que sustentam o Governo não devem limitar-se nas palavras ou condenações, mas sim proceder a retirada de confiança ao ministro em causa, sob pena de serem co-responsabilizados pelo ocorrido.
Djaló apela ao Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas para informar aos guineenses se a Guiné-Bissau está em guerra , caso contrário, a partir de hoje, que cesse as exposições que considera de excessivas de “caravanas de militares e policias”.
“Que cada um assume as suas responsabilidades uma vez que as acções de cada um não ficará no vázio ou seja um dia cada um vai assumir a sua responsabilidade e receber o ser quinhão”, referiu.
Djaló disse que por isso, convida à todos os compatriotas guineenses a enfrentarem os seus medos e não aceitarem que a injustiça seja regra no país.
Conosaba/ANG/MSC/ÂC//SG
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