O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse ontem que o Governo não vai apoiar a comunidade muçulmana guineense com arroz e açúcar durante o Ramadão, que começa terça-feira no país.
Segundo o chefe de Estado, que é muçulmano, a Guiné-Bissau é um Estado laico e não está inscrito no Orçamento Geral de Estado o jejum do Ramadão.
"Não contem com nada do Tesouro Público para o Ramadão", disse o Presidente, salientando que nada é distribuído à população na Páscoa e no Natal.
Umaro Sissoco Embaló, que falava na cerimónia de tomada de posse do conselheiro especial Luís Oliveira Sanca, desejou a todos os muçulmanos um bom Ramadão.
Tradicionalmente, o Governo guineense costumava distribuir arroz e açúcar à comunidade muçulmana do país durante o mês do Ramadão.
O Ramadão começa terça-feira na Guiné-Bissau e deve terminar em 13 de maio.
A aparição da lua é o fator determinante para o início do Ramadão na Guiné-Bissau, onde persistem divergências entre as diferentes organizações representativas da comunidade muçulmana.
O calendário muçulmano é orientado pela lua. Tem 12 meses que podem variar entre 29 ou 30 dias ao longo de um ano.
O Ramadão é o nono mês do calendário muçulmano no qual os fiéis são obrigados a praticar o jejum, cumprindo assim o segundo dos cinco pilares da religião islâmica.
O jejum consiste em abstinência total de comer, beber, fumar, praticar sexo e praticar atividades lúdicas.
Durante o jejum, que vai do nascer ao pôr-do-sol, o fiel muçulmano deve rezar, visitar parentes, doentes, apoiar os necessitados, bem como ler de forma periódica o Corão.
Conosaba/Lusa
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