A Liga Guineense dos Direitos Humanos já está a tomar diligenciar para a libertação dos 18 efectivos da Polícia da Intervenção Rápidas (PIR) presos desde a semana passada por, alegadamente, estarem a reclamar o pagamento dos seus salários de acordo com a patente da última promoção.
Estas informações foram avançadas, hoje (26 de Abril de 2021), à Rádio Sol Mansi (RSM) por uma fonte junto a Liga Guineense dos Direitos Humanos. A mesma fonte explica que a Liga já reuniu esta manhã com as esposas e outros familiares dos polícias para se inteirar dos pormenores sobre a detenção e a condição de saúde dos envolvidos no acto.
A fonte disse que depois de serem ouvidos os familiares, a liga vai diligenciar-se junto do Comissariado da Polícia da Ordem Pública para inteirar-se da situação e consequentemente a libertação dos envolvidos no acto.
Depois da reunião com a liga, os familiares pediram a intervenção das organizações que zelam pelos direitos humanos e ainda das organizações competentes.
Raquel Moniz da Silva é a porta-voz dos familiares que confirma que os seus familiares estão sem telemóvel e desde sexta-feira não têm informação oficial do que realmente está a passar.
“Temos a informação da detenção dos nossos maridos só nos órgãos de comunicação social. (…) Os nossos maridos só queriam ter informações dos seus salários de acordo com patentes”, explica.
Informações dão conta que os efectivos da Ordem Pública foram presos depois de reclamarem o pagamento dos salários de acordo com a patente dada, há mais de 2 anos, pelo Ministro do Interior, Botche Candé.
Sabe-se que a reivindicação estava a ser preparada depois dos elementos da PIR souberem que alguns dos seus colegas já estavam, há muitos meses, a receber os salários do valor da última promoção.
Uma outra pessoa que não quis o seu nome divulgado, confirmou à RSM que na realidade uma boa parte de polícias está a receber o dinheiro de acordo com a última actualização, mas o facto é que não está a ser feito de forma legal, porque uma boa maioria está a ser discriminada.
A RSM sabe que além dos 20 policiais detidos neste momento na PIR, uma outra parte continua sem autorização de sair no comando da PIR até que as investigações sejam concluídas.
Desde sexta-feira, Polícias de Intervenção Rápidas estão a ser ouvidas e, ontem a noite, informações dão conta ainda aquelas pessoas não receberam o jantar.
Uma informação que a RSM continua a acompanhar enquanto a liga promete pronunciar-se no momento oportuno.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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