quinta-feira, 22 de abril de 2021

PM da Guiné-Bissau quer negociar com FMI programa mais “alargado e ambicioso”


PRIMEIRO-MINISTRO REUNIU POR VIDEOCONFERÊNCIA COM O FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL
O Primeiro-Ministro realizou hoje uma reunião virtual com os dirigentes do Fundo Monetário Internacional ( FMI).
As partes analisaram os mecanismos atinentes a retoma do programa do Governo Guineense com o FMI. Durante a sua intervenção o Chefe de Governo sensibilizou os responsáveis do Fundo para Guiné-Bissau da imperiosa necessidade de ser adoptado um programa mais alargado e ambicioso, que permita dotar o país de recursos para materializar o plano emergente de imvestimentos públicos, tendo em conta que é urgente resolver os problemas de falta de insfraestruturas a todos os níveis, desde estradas, pontes, transporte marítimo e outros, que nalguns casos a existirem, encontram-se em avançado estado de degradação.
Outro aspeto, igualmente de grande relevo e que foi tema desta reunião, tem a ver com a reforma e modernização da nossa administração pública. O Primeiro-ministro fez saber ao FMI, da prioridade do Governo em iniciar o mais breve possivel esse processo, há muito adiado, que irá permitir ao Estado poupar perto de 30 bilhões de FCFA, e com isso, libertar recuros para reenvistimentos noutras áreas fundamentais.
As negociações vão continuar, e brevemente esperamos que venha-se a chegar a um bom acordo que espelha aquilo que são as reais necessidades, e acima de tudo, que esse apoio, possa ser uma verdadeira alavanca da económica nacional.
GOVERNAR PARA TODOS
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O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, defendeu hoje a negociação de um programa mais "alargado e ambicioso" com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que permita concretizar o plano de investimento público de construção de infraestruturas.

A posição foi transmitida durante uma reunião virtual entre o primeiro-ministro guineense e dirigentes do FMI.

"Durante a sua intervenção o chefe de Governo sensibilizou os responsáveis do FMI para a Guiné-Bissau da imperiosa necessidade de ser adotado um programa mais alargado e ambicioso, que permita dotar o país de recursos para materializar o plano emergente de investimentos públicos, tendo em conta que é urgente resolver os problemas de falta de infraestruturas", referiu, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro.

Nuno Gomes Nabiam abordou também a questão da reforma e modernização da administração pública do Estado.

"O primeiro-ministro fez saber ao FMI da prioridade do Governo em iniciar o mais breve possível o processo, há muito adiado, que irá permitir ao Estado poupar perto 30 mil milhões de francos cfa (cerca de 45 milhões de euros) e libertar recursos para reinvestimentos fundamentais em outras áreas", salientou-se na nota.

O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, anunciou no início deste mês que a Guiné-Bissau pretende aceder ao Programa de Crédito Alargado do FMI em 2022.

Uma missão do FMI deverá chegar ao país ainda este mês para discutir um programa de referência exigido neste processo.

Segundo João Fadiá, o programa de referência não tem financiamento, mas exige evidências de boas práticas e são acordadas algumas metas.

"Se forem cumpridas, mostra-se que é bom aluno e passa-se para fase seguinte", disse, salientando que a visita do FMI vai ocorrer entre 28 de abril e 18 de maio.

O programa de referência, segundo o ministro, inclui três revisões, a última das quais em março de 2022.

"Se tudo correr bem, em março de 2022 poderá ser feito um Programa de Crédito Alargado. E se tudo correr bem, haverá um segundo saque de facilidade do crédito rápido", ou seja, se o programa de referência for satisfatório a Guiné-Bissau terá acesso a mais 20 milhões de dólares, explicou.

Guiné-Bissau beneficiou da Facilidade de Crédito Rápido e isso permitiu ao país mobilizar 50% da sua quota, ou seja, 20 milhões de dólares (16,8 milhões de euros), que entraram nas contas em janeiro.

"O programa de referência é mais ou menos um entrar na convivência com o FMI, o que vai permitir a outros doadores institucionais terem condições para voltar a pensar dar apoios orçamentais à Guiné-Bissau", salientou o governante.

Conosaba/Lusa





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