O Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento exorta que os 20 agentes de polícias, detidos desde a semana passada, sejam tratados de forma ponderada, legal e humana.
A exortação do movimento da sociedade civil vem expressa num comunicado enviado, hoje (30 de abril de 2021), à RSM, uma semana depois dos 20 agentes da Polícia da Intervenção Rápida serem presos por alegadamente estarem a questionar o não pagamento dos salários compatíveis com a promoção feita há mais de dois anos pelo ministro do interior, Botche Candé.
No mesmo documento, a organização da sociedade civil pede a regularização da situação dos agentes promovidos e graduados em termos salarial na administração pública pelas funções e dos patentes.
No entanto, a Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento exorta ainda que as promoções a serem realizadas sejam em função das vagas na planilha e que obedeça os critérios e procedimentos legais.
“Que a situação do não pagamento de salário em função do patente atribuído nas forças da defesa e segurança extensivo aos combatentes seja corrigido, a breve trecho”, lê-se no mesmo documento.
Justificando as suas exortações, o movimento da sociedade civil alerta que atendendo a situação relacionada com a discrepância dos galões face ao salário é constatado no sector da defesa e segurança no seu todo, facto que interpela ao governo para a adopção de medidas administrativas correctivas urgentes com vista a sanear a injustiça prevalecente.
No mesmo documento que a Sol Mansi tem em mãos, o movimento da sociedade civil alerta ainda das situações ligadas as forças de segurança e defesa que estão a perdurar ao longo de vários anos e tendo sido agravadas com as sucessíveis graduações nos últimos tempos, cujos critérios levantam as duvidas e alvo de censura na sociedade civil.
A sociedade civil alerta das implicações destas graduações desajustadas no sector da defesa e segurança e a sua repercussão para o tesouro público quanto a realidade económica do país, em relação a capacidade nacional na mobilização das receitas do Estado.
Entretanto, ainda sobre a detenção dos 20 agentes de segurança, já mereceu a intervenção da Liga Guineense dos Direitos Humanos que, esta semana, reuniu com os familiares dos polícias detidos e de seguida com os responsáveis do ministério do interior para a soltura dos efectivos em causa.
Também os familiares já pediram o esclarecimento e a consequente soltura dos efectivos, porque, denunciam que eles estão incontactáveis e não tiveram contacto com os seus advogados.
O certo é que a maioria dos efectivos, por mais de 4 dias, foi proibida de sair das instalações da Segunda esquadra, mas últimas informações deram conta que já foram liberados desde quarta-feira. Uma fonte confidenciou a RSM que ainda decorrem as investigações.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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