Foto/arquivo
A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau anunciou o desmantelamento de uma rede de alegados falsificadores de vistos de entrada para a Europa, tendo detido, na operação, três pessoas.
Fonte da PJ disse à Lusa que os suspeitos "enganavam as pessoas" com alegadas promessas de "facilidades para obtenção de vistos para Portugal", simulando facilidades de acesso aos serviços consulares.
Em declarações à imprensa, na segunda-feira, a diretora da PJ, Teresa da Silva, disse acreditar que a rede terá mais envolvidos e que serão capturados para serem presentes à justiça.
Na operação, realizada sexta-feira, que levou a captura em Bissau dos três indivíduos do sexo masculino, a PJ apreendeu vários passaportes guineenses, cédulas pessoais e cerca de 1.200 euros.
Um dos suspeitos detidos pela PJ, Braima Baldé explicou aos jornalistas que a rede "cobra pelos serviços" de agendamento -procedimento pela internet para a entrega dos documentos - preparação da documentação, entrega do pedido de visto, contrato de trabalho em Portugal, termo de responsabilidade de viagem e atestado médico.
O interessado paga "pelos serviços" um valor que pode rondar os dois milhões de francos CFA (cerca de 3 mil euros), disse Baldé.
A mesma fonte da PJ explicou à Lusa que muitos dos interessados recorrem às pessoas com algum domínio no computador para requerer serviços nos consulados dos países europeus e que algumas dessas pessoas "aproveitam-se da sua ingenuidade para lhes cobrar mais do que devem com supostos serviços que não são da sua competência".
A diretora da PJ guineense, Teresa da Silva, apela à população para estar vigilante, a denunciar atos do género e evitar solicitar às pessoas serviços desta natureza.
"Os vistos de entrada em qualquer país do mundo devem ser obtidos nas respetivas embaixadas e não nas mãos de pessoas individuais", alertou Teresa da Silva.
Conosaba/Lusa
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