Sector de Boé, região de Gabú é dos que necessita de tudo para a sobrevivência da sua população. Há falta de tudo, desde água potável, saúde, escolas infra-estruturas e para piorar, sem qualquer rede de comunicação, ou seja comunicação telefónica pela rede nacional é algo desconhecido neste sector.
Para começar, é um sector separado da região com um braço de rio denominado Tchetche na qual é necessário uma jangada para a sua travessia.
Acontece que a jangada em causa já debilitada e que funciona desde 1994, leva as vezes três meses sem funcionar dificultando a travessia das populações que dependem muito de Gabú para abastecimento com os produtos da primeira necessidade.
Para entender melhor esta realidade, a repórter RSM que aguardava a concertação da jangada para poder chegar a Béli, Lugadjole, venduleide e outras secções para uma reportagem com a ONG Assistência Médica Voluntária (AMEV), registou o testemunho do régulo de Boé Abduramane Djaló que disse que o sector está completamente perdido.
“ (….) A situação de Boé é muito complicado e as vezes a jangada leva três meses sem funcionar por ser uma máquina muito velha (desde 1994), portanto, o sector de Boé está completamente perdido”, diz adiantando que as tabancas na linha de fronteira com a Guiné-Conacri só conhecem a realidade desse país vizinho.
Entretanto, um agente de saúde Comunitária de uma das tabancas fronteiriças com Guiné-Conacri denominado Venduleide e separado de Lugadjole de um grande vale de braço de rio nome Fefiné visivelmente revoltado denunciou que para comunicarem, precisam utilizar a rede de Conacri.
“ Comunicamos através das antenas de Orabendja, Dumbiadje e antena de Fulamore, todos pertencente a Guiné-Conacri”, denunciou, acrescentando que durante 0oito meses ficam isolado de Béli e Lugadjole por causa da inundação do vale Fefiné, que separa Venduleide de outras tabancas, por isso procuram a vizinha Conacri para resolverem seus problemas.
De referir que a ONG AMEV construiu bancas de cereais em Vanduleide, Candjadude, Dandum e fontenário em Lugadjole Tchancun-sate e Béli.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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