28 abr 2021 18:37
O Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou hoje uma missão virtual na Guiné-Bissau para definir um programa de referência, que se for cumprido, permitirá que o país recorra ao Programa de Crédito Alargado já em 2022.
"É uma missão que tem como objetivo discutir um novo programa, um programa de referência, que antecede a um programa normal do FMI associado a um financiamento", afirmou o ministro das Finanças guineense, João Fadiá.
O ministro explicou também que a Guiné-Bissau esteve três anos sem um programa com o FMI e que a instituição financeira, para retomar a sua cooperação com o país, precisa de fazer um programa de referência para ter uma "base de partida para depois ser estabelecido um programa financiado".
"A missão deveria ter vindo a Bissau, mas tendo em conta o contexto da pandemia vai ser virtual e ter a duração de duas semanas", acrescentou o ministro.
O chefe do FMI para a Guiné-Bissau, Jose Gijon, disse que a missão assinala o "início do compromisso" da instituição financeira com o país para que no próximo ano "comece um programa" de crédito de alargado.
Segundo João Fadiá, o programa de referência não tem financiamento, mas exige evidências de boas práticas e são acordadas algumas metas.
"Se forem cumpridas, mostra-se que é bom aluno e passa-se para a fase seguinte", disse.
O programa de referência, segundo o ministro, inclui três revisões, a última das quais em março de 2022.
"Se tudo correr bem, em março de 2022 poderá ser feito um Programa de Crédito Alargado. E se tudo correr bem, haverá um segundo saque de facilidade do crédito rápido", ou seja, se o programa de referência for satisfatório, a Guiné-Bissau terá acesso a mais 20 milhões de dólares, disse.
Guiné-Bissau beneficiou da Facilidade de Crédito Rápido e isso permitiu ao país mobilizar 50% da sua quota, ou seja, 20 milhões de dólares (16,8 milhões de euros), que entraram nas contas em janeiro.
Conosaba/Lusa
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