Política/Líder do PAIGC afirma ter laços parentescos com populares de Patche Yalá
Bissau,30 Abr 21(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), alegou laços parentecos com os populares de Patche Yalá, no sector de Bula, região de Cacheu, como motivo das suas deslocações àquela localidade.
“Nos últimos 15 dias, ouvimos a opinião pública tanto nacional como na diáspora a falarem de uma povoação no país, denominada de Patche Yalá e que tornou-se famosa em que tudo foi dito à cerca de uma reunião realizada ali”, disse Domingos Simões Pereira no seu vídeo semanal publicado na sua página no facebook.
O líder do PAIGC disse conhecer a povoação de Patche Yalá há muito tempo, informando sobretudo que, foi no momento da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de Dezembro de 2019, que acabou por descobrir que a sua mãe é de uma aldeia vizinha de Patche Yalá denominada de Bissunaga.
“E desde aquela altura, os populares de Patche Yalá me tomou como irmão, filho e pessoa pertencente àquela vila”, referiu.
Domingos Simões Pereira disse ainda que pretende deixar bem claro que, de acordo com a Constituição da República da Guiné-Bissau, e ele como cidadão, não conhece nenhuma restrição de viagens aos cidadãos dentro do território nacional bem como de participar em quaisquer reuniões que possam acontecer.
“Ao mesmo tempo tenho de perguntar o seguinte; mas afinal, as reuniões realizadas em Biambi, Waque, Nhoma, Bafatá e Gabú não constituem problemas e só a de Patche Yalá que pode ser problema”, questionou o líder do PAIGC.
Adiantou ainda que, não só tem laços parentesco com os populares de Patche Yalá assim como começou a interagir com eles, porque participa na construção de duas escolas naquela localidade, acrescentando que existem muitos jovens locais que estão a estudar em Bissau e cujos os custos de propinas são assegurados por ele.
“Aliás, estou a fazer o mesmo gesto com os jovens da povoação de Binta, Gã Djetra e ainda tenho a intenção de fazer o mesmo gesto em todas as localidade do país, se temos alguma capacidade. Portanto, as pessoas devem tirar o cavalinho da chuva porque não sinto quaisquer restrições de circular em qualquer parte do país porque a lei me dá esse privilégio para interagir com as populações”, salientou.
Domingos Simões Pereira disse que, se a questão fundamental é a participação na referida reunião de Patche Yalá de alguns militares na reserva, então as pessoas devem confrontar os ditos militares para saber se foram lá como militares ou simples cidadãos.
“Devo questionar ainda se esta é a primeira vez que a reunião de género foi realizada no país. É a primeira vez que as pessoas de fardas tomaram parte numa reunião dessa natureza. Quero perguntar ainda dos generais que são nomeados ministros e que estão a ser promovidos enquanto membros do Governo”, referiu.
O líder do PAIGC questionou ainda da situação dos generais que igualmente são deputados e estão a ser promovidos e a fazer campanhas políticas, frisando que quando os generais se reúnem para discutir os assuntos que têm a ver com a soberania do país na presença dos cidadãos estrangeiros, se isso não constitui problemas.
“Compreendemos contudo que essa situação foi levantada para desviar a atenção das pessoas sobre o essencial. Por exemplo, quando o Procurador Geral da República afirma que doravante qualquer convocação dos membros do Governo para a justiça tem que ser mediante o seu aval e não dos tribunais, conforme diz a lei”, afirmou.
Domingos Simões Pereira referiu-se a recente remodelação governamental, que na sua opinião foi feita à pressa para distrair a atenção das pessoas sobre o mais essencial ou seja a não existência da governação.
“A única coisa que esse regime nos provou de que tem a capacidade de fazer é as viagens e convidar as pessoas para virem nos visitar e mais nada”, disse acrescentando que, se existe alguém ainda com dúvidas que vá ver como estão as estradas, escolas, hospitais e prestação de assistência social entre outros.
Numa recente conferência de imprensa em Bissau, três dirigentes do Partido de Renovação Social acusaram Domingos Simões Pereira de ter participado duma reunião secreta com o líder do PRS, Alberto Nambeia na povoação de Patche Yalá, com envolvimento de alguns militares.
Os acusadores não revelaram as razões da realização dessa alegada reunião.
Conosaba/ANG/ÂC//SG
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