sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Diplomacia/UNIOGBIS encerra oficialmente sua Missão política na Guiné-Bissau

 

Bissau, 11 Dez 20 (ANG) – A Secretária- geral Adjunta das Nações Unidas para as Operações de Paz disse que a organização continuará a apoiar os esforços das autoridades nacionais para a construção de um futuro promissor que o país precisa e merece.

Bintou Keita que falava hoje na cerimónia oficial de encerramento da Missão Política  da UNIGBIS no país, disse que a missão tem contribuído para os esforços nacionais de paz e consolidação democrática, criação de um Estado de direito efectivo, promoção e proteção dos direitos humanos, a luta contra tráfico de drogas e crime organizado.

Keita indicou a ausência de violência, a realização de eleições livres, o uso de canais legais para resolver disputas políticas, maior participação de mulheres e jovens nos processos políticos, fortalecimento da luta contra o narcotráfico, e o notável progresso feito no acompanhamento nacional dos direitos humanos, como as conquistas alcançadas ao longo das duas décadas da missão no país.

“A Guiné-Bissau fez progressos notáveis na reforma e fortalecimento das suas instituições estatais e na manutenção de uma estabilidade relativa. O reposicionamento de uma equipa das Nações Unidas no país é uma prova desse progresso”, afirmou Bintou keita.

Mesmo assim, de acordo com a  Secretária- geral Adjunta das Nações Unidas para as Operações de Paz, ainda há um longo caminho a percorrer.

Reiterou que as Nações Unidas vão continuar a apoiar a agenda das reformas, conforme estipulado no Roteiro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO  e no Acordo de Conacri, como parte desses esforços, e ainda o processo de revisão constitucional, pois a Constituição servirá como base para a estabilidade e coerência institucional, o Estado de Direito e consequentemente a base para uma paz douradora.

Por sua vez, o Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas para Africa Oeste e Sahel Mohamed Ibn Chambas afirmou que sem o apoio e colaboração da Presidência, do Gabinete do primeiro-ministro, da Assembleia Nacional Popular, do Poder judicial e das principais instituições do Estado, a UNIOGBIS não teria sido capaz de cumprir o seu mandato.

Por isso, Mohamed Ibn Chambas considerou o governo e o povo  como os primeiros parceiros da UNIOGBIS e que este dia inaugura uma nova era na busca de esforços para sua determinação, para colocar o país numa dinâmica de estabilidade e prosperidade.

Saúdou também o que diz ser valioso contributo de todos os parceiros regionais e internacionais, a favor da consolidação da paz e da democracia na Guiné-Bissau.

No entanto, afirmou que o encerramento da UNIGBIS, não põe fim à parceria das Nações Unidas com a Guiné-Bissau, salientando que foram alcançados avanços importantes, mais que ainda falta muito para fazer.

IBN Chambas considera  que o trabalho realizado pela UNIOGBIS, com o contributo de vários parceiros deverá prosseguir, em estreita colaboração com o povo e o governo guineense.

Chambas alertou que os objectivos de paz e prosperidade requerem a mobilização e o compromisso de todos, salientando  que a ONU, por meio dos seus representantes hoje aqui presentes, reafirmam seu compromisso de continuar a apoiar o governo e o povo da Guiné-Bissau ,na implementação de reformas que visem garantir instituições democráticas sólidas, uma economia próspera, realização de metas de
desenvolvimento mensuráveis e uma sociedade onde reina a paz. 

Conosaba/ANG/LPG/ÂC//SG

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