sexta-feira, 10 de julho de 2020

PAIGC AINDA NÃO RECONHECE SISSOCO EMBALO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC) volta afirmar que não reconhece Umaru Sissoko Embalo como presidente da República pelo facto do Supremo Tribunal de Justiça ainda não pronunciar sobre contencioso eleitoral.

A posição é tornada pública hoje (9) pelo líder da bancada parlamentar dos libertadores durante o debate da “actual situação política do país” referente ao terceiro ponto da ordem-do-dia, da quarta sessão ordinária da Xª legislatura.

Califa Seide sustenta a ideia que quanto ao ponto de vista político, o seu partido alinha-se com a posição da CEDEAO em reconhecer o actual presidente da República mas, lembrando cumprimento do comunicado desta organização sub-regional.

“Nós do PAIGC, dissemos que não vamos reconhecer Sissoko Embalo como presidente da República enquanto não temos decisão final da instância judicial mas, do ponto de vista político, alinhámos com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) enquanto entidade internacional mediadora da crise política na Guiné-Bissau”, afirmou o líder da bancada parlamentar do PAIGC.

Por seu turno, o deputado e igualmente líder do Movimento para Alternância Democrata (MADEM-G15) Braima Camara acusa o presidente do PAIGC e Aristides Gomes de entregar bloco de petróleo aos estrangeiros e retirarem o dinheiro no tesouro público para financiar a campanha eleitoral dos libertadores.

“Bloco de petróleo do país foi emprestado em Dubai pelo Aristides Gomes e Domingos Simões Pereira para tomar dinheiro”, para depois acrescentar que “ há documento para comprovar o facto e é preciso a oposição tomar a nota e ainda o primeiro-ministro que se encontra escondido tem muitas coisas por justificar uma vez que houve retirado do dinheiro no tesouro público que ronda mais de dois a três bilhões para financiar a campanha eleitoral do PAIGC sem pagar o salário aos funcionários”, sustentou o líder do MADEM.

No final do debate, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama pediu aos deputados a redobrarem os esforços para que ex-primeiro-primeiro Aristides Gomes deixasse as instalações de UNIOGUIBIS mais rápido possível.

“(…) queremos que todos os deputados da nação para façam esforços em conjunto com outros órgãos relativamente ao caso de Aristides Gomes para que saísse da sede de UNIOGUIBIS a fim de regressar a sua residência mais rápido possível. Se há qualquer queixa-crime contra a sua pessoa, que os fazem”, assegurou presidente da ANP.

Durante a sessão parlamentar desta quinta-feira, participaram 101 deputados dos 102 que compõem o hemiciclo guineense.

Por: Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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