segunda-feira, 6 de julho de 2020

JOVEM GUINEENSE PARTILHA EXPERIÊNCIA DE ESTUDAR EM PORTUGAL



Cláudia Semedo, formanda de mestrado em enfermagem de saúde familiar
Cláudia Semedo é natural de Bissau e sempre sonhou em estudar no exterior. Depois de concluir o curso de enfermangem na Universidade Lusófona da Guiné-Bissau conversou com a sua mãe e disse que estava pronta para estudar em outro país. A mãe de Cláudia fez a incrição dela para o mestrado em enfermagem de saúde familiar no Instituto Politécnico de Bragança. Para a felicidade das duas, Cláudia foi aceita.

Estudar em outro país é sempre difícil no início, porque precisamos nos adaptar a uma nova cultura, à língua, criar novos hábitos, fazer novas amizades. Em entrevista à Voz da América, Cláudia descreveu a sua experiência como difícil, mas positiva. "Cabe a nós equilibrarmos as dificuldades com uma parte positiva. Adaptei-me muito bem."

Cláudia contou que em Bragrança há várias mulheres da Guiné-Bissau estudando, mas que na sua turma ela era a única africana.

A formanda de mestrado em enfermagem de saúde familiar não acredita que seja difícil para uma guineense ter acesso a uma educação de qualidade. Para Cláudia, é difícil para todos. "Cabe à pessoa se dedicar e conseguir o que quer para a sua vida".

A dedicação e a persistência de Cláudia resultaram na seleção dela como a melhor aluna da turma do mestrado. "Agradeço aos meus professores por tudo que fizeram por mim".
Cláudia de Barros Soares Semedo, Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar
Entre os desafios que Cláudia teve que superar enquanto fazia o seu mestrado estavam o frio de Bragança, fazer novas amizades, e a chegada com atraso de vários meses após o início do ano letivo.

Cláudia, que agora está a trabalhar em Portugal, pretende voltar à Guiné-Bissau para dar o seu contributo. "Nao é só vir aqui e conquistar e não realizar nenhum sonho".

Ela deixou uma dica para os jovens. "A pessoa tem que lutar para atingir um objetivo ou ser uma pessoa melhor amanhã. Mesmo com a dificuldade, podemos chegar a um ponto alto. A dificuldade é um caminho que mostra o amanhã".

E acrescentou: "Desejo muita força para todos os jovens que estão a estudar fora do seus países de origem."

Conosaba/Voa

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