terça-feira, 14 de abril de 2020

GUINÉ-BISSAU PODE REGISTAR O PRIMEIRO CASO DA MORTE PELO CORONAVÍRUS


A Comissão interministerial de acompanhamento de prevenção de covid-19 confirma que a senhora que faleceu este final de semana na clinica madrugada estava na lista declarada das pessoas que testaram positivo ao coronavírus.

Apesar de não confirmar se a morte está relacionada à pandemia da covid-19, a comissão afirma que há forte indícios desta possibilidade.

Na sequência do ocorrido o funcionamento da clínica madrugada ficou suspenso desde ontem pelas autoridades sanitárias, por suspeita de contaminação.

A decisão foi anunciada através de um despacho do ministro da saúde pública, na qualidade do presidente da comissão interministerial de combate a pandemia da covid-19, informando o falecimento de uma senhora por motivos desconhecidos.

O despacho que suspende temporariamente o funcionamento da clinica ordena também que se proceda a pulverização da zona onde ficou internada a senhora, excluindo a zona onde não houve contacto, e por último efectuar a despistagem de todo o pessoal com que a senhora falecida teve contacto, e consequente isolamento deste pessoal.

Tumane Balde, membro da comissão interministerial, em declaração a imprensa esta segunda-feira disse que apesar dos indícios, ainda não se pode fazer nada, porque a senhora esta morta tendo salientado que, uma equipa medica já desloucou a Canchungo para fazer os trabalhos, e só depois de todo o trabalho será possível declarar se o caso da morte é derivado ou não da infecção do coronavírus.

“ A doente estava na lista declarada de uma das pessoas que testou positivo portanto levanta forte suspeita de que podia estar infectada mas como já está morta, não se pode fazer nada e tudo tem que ser feito pós facto”, diz para depois adiantar que “ uma equipa médica já se deslocou a Canchungo para fazer os trabalho e determinar em que grau podia estar eventualmente infectada, criamos ainda uma equipa de epidemiologistas para fazer os trabalho mas chegamos a conclusão que era necessário o fecho da clinica durante 3 dias para que seja feita a desinfecção para evitar um risco da saúde publica”. 

Tumane Balde garante ainda que dentro de uma semana será possível ter os resultados que podem confirmar os factos, e tranquiliza afirmando que não há nada de alarmar.

“Daqui há uma semana, tendo em conta análise que estamos a fazer em Canchungo e na clinica Madrugada, e com os dados epidemiológicos de pesquisas que serão feitas, decerto, podemos informar se a morte foi motivada pelo coronavírus ou não, não há nada a alarmar é uma medida epidemiológica normal que é tomada em toda parte do mundo”, concluiu.

No total havia 13 funcionários que se encontravam no dia em que a paciente foi atendida, a partir de hoje todos eles foram colocados em quarentena de 14 dias. Só voltarão às suas casas se após esse período forem examinadas e testarem negativo.

Por: Amadi Djuf Djaló/radiosolmansi com Conosaba do Porto 


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