O Brasil ultrapassou hoje os mil mortos em decorrência do novo coronavírus, contabilizando 1.056 óbitos e 19.638 infectados, informou hoje o Ministério da Saúde do país.
Nas últimas 24 horas, o país sul-americano registou 115 vítimas mortais e 1.781 novos casos de covid-19, sendo que a taxa de letalidade da doença no Brasil está fixada em 5,4%.
São Paulo continua a ser o estado brasileiro com maior número de casos confirmados, 540 mortos e 8.216 pessoas infectadas, seguindo-se o Rio de Janeiro, com 147 vítimas mortais e 2.464 casos confirmados. A terceira unidade federativa com mais casos é o Ceará, que teve, até ao momento, 58 óbitos e 1.478 casos de infecção.
Tocantins, localizado na região Norte do país, é o único estado sem registo de vítimas mortais e também o estado com menos infectados. As restantes 26 das 27 unidades possuem óbitos associados à infecção do novo coronavírus.
A região Norte, que nas últimas semanas vinha sendo a área menos afectada, viu os seus números dispararem, com o Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia, Venezuela e Peru, a estar no centro das preocupações do Ministério da Saúde, devido ao facto de ser um dos estados com maior incidência de casos por cada 100 mil habitantes, e temendo que a pandemia se espalhe que região amazónica.
Enquanto a incidência nacional do Brasil era, na quinta-feira, de 7,5 casos por cada 100 mil habitantes, o número chegou a 19,1 no Amazonas.
O Amazonas contabiliza, até ao momento, 50 mortos e 981 casos de covid-19.
Ainda no Norte do Brasil, o governo regional do estado de Roraima confirmou a morte, na noite de quinta-feira, de um indígena brasileiro da etnia Yanomami, de 15 anos, que estava infetado pelo novo coronavírus.
A Secretaria de Saúde de Roraima tinha informado antes que o paciente foi admitido num hospital em Boa Vista, capital do estado, com um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave e sintomas da covid-19.
O jovem indígena nasceu na aldeia Rehebe, dentro da reserva Yanomami localizada entre os estados do Amazonas e de Roraima, mas actualmente vivia na cidade de Alto Alegre, no norte de Roraima, de acordo com dados divulgados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei).
A região Sudeste continua com o maior número de casos confirmados até o momento, com 11.678 casos confirmados, sendo que no lado oposto encontra-se o centro-oeste brasileiro, com 955 infectados.
Segundo dados do governo estadual de São Paulo, citados pela imprensa local, o índice de isolamento social naquele estado caiu 12,96% na última semana, sendo que, no mesmo período, o número de mortes pela doença cresceu 152%.
“Os dados demonstram claramente que, conforme caem os índices de isolamento social, aumentam os casos e mortes de forma vertiginosa. Por isso, reforçamos que a melhor vacina contra o coronavírus é ficar em casa. Com 70% de distanciamento social conseguiremos controlar a pandemia”, afirmou o médico infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, citado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Contrariando as recomendações do seu próprio Ministério da Saúde, de evitar aglomerações, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou a circular hoje nas ruas de Brasília, onde cumprimentou e tirou fotografias com vários cidadãos que se aglomeraram em seu redor.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou a morte a mais de 100 mil pessoas e infectou mais de 1,6 milhões em 193 países e territórios.
Conosaba/Lusa
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