quarta-feira, 15 de abril de 2020

ATENÇÃO MAIS UMA VEZ


Na nossa modesta compreensão, o objectivo que presidiu A UNIÃO SAGRADA era para derrotar o candidato do PAIGC, que representa o Eixo do Mal, e promover politicas destinadas a libertar o país das práticas nefastas que não contribuem para o desenvolvimento tão almejado, e que constitui o sonho do Combatente da Liberdade da Pátria.

Este era o objectivo geral para muitos, mas para outros, era pura e simplesmente apoiar o General Umaro Sissoco Embalo, para depois cobrar a factura do seu apoio, o que é muito normal na politica, mas em boa verdade não devia ser o único motivo tendo em conta as expectativas do povo.
Há menos de 60 dias da posse do novo governo, já se começa a sentir aquela ameaça que sempre surge quando há mudanças na direcção do pais, isto é, a entrada abusiva e sem critérios na administração pública de pessoas, muitas das quais sem a mínima preparação, como recompensa ao seu activismo politico.
Chama-se a atenção às novas autoridades para não enveredarem por esse caminho, porque são práticas desta natureza que no passado criaram grandes problemas na EAGB, CMB, APGB, ARN, PESCAS e em muitos outros departamentos estatais e paraestatais
Há partidos que são especialistas nessa prática e não vão hesitar em nenhum momento de continuá-la neste novo contexto, caso não forem tomadas atempadamente decisões firmes.
Se a memória não nos falha, parece que existe uma legislação ainda a em vigor que congelou as admissões na função pública, salvo o pessoal técnico ligado a saúde e educação.
Por isso, aos responsáveis nomeados para exercerem altas funções no aparelho do estado devem ser dadas instruções para não sobrecarregarem o Estado com despesas que não pode comportar, com o único objectivo de satisfazerem as juventudes dos seus partidos.
Não nos esqueçamos de que a Guiné-Bissau não faz parte dos países da esfera do petrodólar, e mesmo nesses países as regras para o ingresso na administração pública são bem claras e são feitas em função da capacidade de resposta dos estados.
Há certos países onde são os menos empreendedores que optam por fazer carreira na administração pública e os melhores criam as suas próprias empresas a título individual ou colectiva.
A tendência hoje em dia é o auto-emprego, que se apresenta como a melhor solução para promover o desenvolvimento, porquanto permite a juventude explorar no máximo as suas capacidades criativas, gerar rendimentos e contribuir para o fisco e o PIB.
Com tantas oportunidades que existem por aí, por que é que um jovem vai perder o seu tempo na função pública, recebendo um mísero salario, quando tem tudo a sua disposição para no empreendedorismo poder auto-empregar-se, ganhar muito dinheiro e ser patrão? A resposta e: falta de ambição e de uma política de financiamento do programa Emprego Jovem, como o tinha idealizado o falecido ministro das finanças, Iussuf Sanha
A Guiné-Bissau tem de ter menos Estado e promover políticas destinadas a apoiar o Sector Privado, deixando assim de ser o maior empregador, pois não é esse o papel do Estado. Para isso, muitos dos nossos empresários têm que fazer uma introspecção, porque no nosso contexto, se quisermos de facto um desenvolvimento sustentável, não é aconselhável ser empresário e ao mesmo tempo politico, pois os interesses muitas vezes colidem e tona o conflito de interesses inevitável.
As reformas no aparelho do Estado devem ser aceleradas por forma a fazer com que o exercício de altas funções não seja, como tem acontecido no passado, uma oportunidade para o enriquecimento ilícito a custa dos contribuintes, só porque a nossa justiça não funciona e por conseguinte incapaz de reprimir os prevaricadores.
A nossa juventude tem de deixar de viver apenas da política, de perder o seu tempo nas sedes dos partidos políticos a fazer claque e aguardar por umas migalhas. A nossa juventude tem de ser ambiciosa, procurar formar-se para melhor enfrentar os cada vez mais complexos desafios dos nossos dias.
Reforcemos a nossa vigilância para que nenhum dirigente aproveite este novo contexto para encher os militantes do seu partido, comadres, familiares, etc., no departamento que dirige, como tem sido moda no passado, porque não é para isso que nos betemos arduamente para a ocorrência desta alternância.
A alternância significa fazer melhor e diferente, e o objectivo por que lutou o General Presidente, apoiado por grandes homens da nossa sociedade politica e do mundo empresarial, com destaque para o carismático líder, Carlos Gomes Júnior, é para ver a Guiné-Bissau mudar em tempo record.
Unámo-nos em favor da boa governação e contra a corrupção, o nepotismo, o clientelismo e a exclusão!
Viva General Presidente Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo!
Viva Cadogo Júnior, o grande líder!

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