quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

ESTUDANTES GUINEENSES REGRESSADOS DA CHINA ESTÃO LIVRES DE INFECÇÃO, AFIRMA MINISTÉRIO DA SAÚDE



O diretor-geral de Epidemiologia e Segurança Sanitária da Guiné-Bissau, Salomão Crima, disse hoje à Lusa que 47 estudantes do país que se encontravam na China foram dados "como livres de infeção" com o novo coronavírus.

Os estudantes, regressados ao país no início do mês, a expensas pessoais, foram monitorizados nas suas casas durante 14 dias, de acordo com o protocolo médico em vigor na Guiné-Bissau, observou Salomão Crima, frisando que durante aquele período "ninguém apresentou sintomas de infeção".

Entre os alunos, quatro estudam na província chinesa de Hubei, que tem a cidade Wuhan como o foco do novo coronavirus, mas de onde saíram, para férias escolares, duas semanas antes do eclodir da doença, precisou ainda Crima.

O responsável guineense louvou a colaboração dos alunos e dos familiares, durante os dias em que estiveram sob monitorização, com ordens para permanecerem em casa, onde diariamente são acompanhados por técnicos do Ministério da Saúde.

Atualmente, continuam sob vigilância e monitorização domiciliária 25 pessoas, entre guineenses regressados da China e cidadãos chineses em viagem para a Guiné-Bissau, declarou Salomão Crima.

O diretor-geral de Epidemiologia e Segurança Sanitária da Guiné-Bissau anunciou ainda que o hospital Simão Mendes, principal unidade sanitária do país, já disponibilizou uma divisão para ser utilizada como zona de isolamento em caso de suspeita da doença.

O espaço, contudo, precisa ser adaptado, frisou Salomão Crima, que aguarda pelo desbloqueamento de verbas por parte do Ministério das Finanças para o efeito.

Os serviços da Engenheira Militar prometem adaptar o espaço em duas semanas, notou Crima.

O coronavírus Covid-19 provocou 2.004 mortos na China continental e infetou mais de 74 mil a nível mundial.

Além das vítimas mortais no continente chinês, há a registar dois mortos na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.

Conosaba/Lusa

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