A Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense diz que não tem intenção de voltar a mexer nos resultados eleitorais. O Supremo Tribunal de Justiça ordena que seja feito um novo apuramento da segunda volta das presidenciais do passado 29 de Dezembro. Por seu turno, os advogados de Umaro Sissoco Embalo avisam que ele vai tomar posse no dia 27, mesmo perante a persistência do impasse judicial. A palavra agora está com a CEDEAO, dizem a CNE e os advogados de Embalo.
Está longe de terminar o impasse eleitoral entre a Comissão Nacional de Eleições e o Supremo Tribunal de Justiça. Em nota de correspondência com a delegação da CEDEAO em Bissau, a CNE diz ter sido surpreendida com mais uma exigência do Supremo Tribunal no sentido de ser realizado um apuramento nacional dos resultados da segunda volta das presidenciais de 29 de Dezembro passado.
A CNE diz que de facto se tratou de uma nota interna entre as duas entidades, uma vez que a CEDEAO é a mediadora da crise política guineense, mas já que o documento foi tornado público, uma fonte da instituição referiu à RFI que na verdade a CNE já não tem mais nada que fazer em relação aos resultados eleitorais.
A mesma fonte disse que agora caberá à CEDEAO indicar o que deve ser feito daqui para frente. Ainda reforça a fonte da CNE que “voltar a tocar nos resultados eleitorais, como pretende o Supremo Tribunal, significaria pôr em causa a integridade do processo eleitoral”.
Os advogados da candidatura de Umaro Sissoco Embalo voltaram a reafirmar que a CEDEAO só tem um caminho a seguir, se quiser ser consequente nas suas decisões em relação à Guiné-Bissau: vir à Bissau e ordenar o empossamento de Sissoco Embalo como Presidente eleito.
Segundo os advogados de Embalo, a posse deverá ter lugar no próximo dia 27, tal como anunciou Umaro Sissoco Embalo.
Conosaba/rfi.fr/pt
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