sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

ALERTA…



Por: mago yanick aerton

A mudança que o povo reclama, ao votar massivamente no General Umaro Sissoco Embalo, é um sinal forte da premente necessidade de ruptura com o regime que, durante muitos anos não conseguiu corresponder às aspirações daqueles que tudo deram para libertar o fidju di tchon da opressão do mais retrogrado dos colonialismos, o português, apesar de ter nos primeiros anos de independência, com o Luís Cabral, dado esperança ao Guineense.
É também um sinal da necessidade de boa governação e do império da lei, não aquele império da lei tão propalado que, quando se invoca é apenas para alimentar certos caprichos políticos. Império da lei que venha a consolidar o estado de direito democrático, permitindo sobretudo reprimir severamente aqueles que pensam que o exercício de alto cargo no Estado é para se servir e não para servir o povo, como tem acontecido ao longo dos tempos.
Imperio da lei que venha a rever os casos dos crimes do roubo de arroz doado pela China, dos enriquecimentos ilícitos. Imperio da lei que confisque os bens roubados e os restitua ao povo, sobretudo as mansões compradas no estrangeiro Paris, Lisboa, Dakar, Praia, São Vicente, etc., bens esses já identificados.
Em relação à presidência do General Umaro Sissoco Embalo, os Guineenses têm que ter os olhos bem abertos, não só para controlá-lo, o que aliás sempre se manifestou e encorajou, como também controlar o Governo com o qual é obrigado coabitar, pelo menos nesta fase, para evitar a delapidação do tesouro público e a transformação das empresas do Estado em fontes de emprego para familiares e amigos, bem como uma fonte de receita para alimentar os vícios dos membros de um determinado sector da nossa sociedade.
Ganhar umas eleições presidenciais não é tarefa fácil, mas o mais difícil ainda é gerir essa vitória, sobretudo quando estamos rodeados de predadores que só olham para os seus interesses, e que julgam poder exercer a pressão sobre o Presidente da República para satisfazer os seus caprichos, a todo o custo, defraudando as expectativas do povo que nele depositou a sua confiança através das urnas.
Muitos dos Guineenses que apoiaram o General Umaro Sissoco Embalo e que aspiravam a mudança, o fizeram incondicionalmente e não a espera de qualquer recompensa, pois o que lhe interesse é ver o pais desenvolver-se para que cada um possa trabalhar e ganhar honestamente o seu pão de cada dia.
Há também os eternos candidatos a membros do Governo, alguns até cadastrados, que de certeza vão querer estragar a presidência do General Umaro Sissoco Embalo, empurrando-o a tomar medidas inoportunas, não para salvaguardar as conquistas desta revolução, mas para satisfazer os seus caprichos.
O General Umaro Sissoco Embalo que é miliar e sabe muito em que as regras devem funcionar, nunca vai cair nessa tentação, e muito menos ceder a qualquer pressão, venha ela donde vier, porque sabe que as legislativas de Março de 2019 foram ganhas com maioria relativa pelo PAIGC, o que significa que vai coabitar com o Governo desse partido e vai apoia-lo n âmbito das suas prerrogativas para transformar o país.
Espera-se também do Governo do PAIGC uma sã colaboração, através de um dialogo construtivo, para evitar constantes desentendimentos que podem levar o General Umaro Sissoco Embalo a fazer o que precisamente muitos gostariam de ver - a demissão do Governo para nomear um Governo de “tchapa tchapa”, em que integrariam lagartos, lagartixas, cobras, ratos e ratazanas.
O Governo do PAIGC deverá dar provas de sinceridade, competência, ambição, espirito de abertura, para poder merecer do General Umaro Sissoco Embalo o indispensável apoio de que necessita para revolver as montanhas de problemas com que vem debatendo, mas não com este Primeiro-ministro que deve ser imediatamente demitido e a sua governação auditada.
O PAIGC deve começar a pensar desde já na figura a indicar para o cargo de Primeiro-ministro, e essa figura não deve ser outra, de acordo com a hierarquia, que não seja a Prof. Dra. Maria Odete Costa Semedo, isto é, caso o DSP recuse assumir o cargo.
Eu sei que muitos dos ultras não vão gostar desta minha posição, mas isso não me preocupa, pois o que que motiva é de ver a nossa erguer-se no patamar daqueles países que nos rodeiam e mesmo ultrapassa-los porque temos recursos naturais e humanos para operar esse milagre.
Não podemos e nem devemos deixar que o General Umaro Sissoco Embalo, seja empurrado a violar a Constituição da Republica. Só se pode equacionar a hipótese da demissão do Governo do PAIGC se não deixar de ter maioria parlamentar, mas isso só é verificável no hemiciclo e não no gabinete.
Não pretendo dar nenhuma lição e nem tenho essa competência, mas é meu entendimento de que os dois grandes partidos da oposição, MADEM G15 e o PRS, têm de concentrar os seus esforços na fiscalização da acção governativa.
Do que os Guineenses precisam é de uma equipa de gente séria, trabalhadora e incorruptível, para em tempo record, fazer sonhar de novo o Guineense.
Muitos dos membros deste Governo são competentes, alguns nunca desempenharam cargos ministeriais, mas em pouco tempo conseguiram fazer a diferença, pelo menos nestes aspectos, humildade, competência, capacidade de escuta e de gestão participativa do departamento sob a sua jurisdição.
Neste particular, não posso deixar e me referir a duas individualidades em relação às quais nem tenho a necessidade de pedir autorização, devido ao respeito e consideração que nutro por elas, Dra. Magda Robalo, que foi representante da (OMS) em muitos países e a Dra. Nelvina Barreto. Graças a Deus, não sou cego, mudo e muito menos surdo, e sou um cidadão atento e responsável, por isso sei do que falo. Ao me referir a essas duas figuras, não quer isso dizer que não tenha apreço pelos restantes. Longe disso!
Portanto, deixem governar, de acordo com as disposições constitucionais, o General Umaro Sissoco Embalo, que vai dispor de um período de graça muito curto, porque com a sua vivência e experiência acumulada junto de chefes de estado amigos, além dos apoios que irá ter dos ex-chefes de estado, José Mário Vaz, Raimundo, Pereira e Serifo Nhamadjo O General Sissoco Embalo não terá por isso direito a erro.
As manobras do PAIGC e o seu candidato não devem ser motivos para que o seu governo seja afastado, sem que perca a maioria parlamentar. É a política, e essas manobras têm de ser analisadas nessa perspectiva, não devendo levar a que o General Umaro Sissoco Embalo, seja influenciado pelos ultras para fazer asneiras e não concentrar-se no essencial, que é de dar todo o seu apoio ao Governo para se pôr definitivamente termo a esta crise.

Nota: esse artigo e de total autoria de yanick!
Deus abençoe a Guiné-Bissau!



Sem comentários:

Enviar um comentário