Umaro Cissoco Embaló, um dos candidatos à segunda volta da eleição presidencial de 29 de Dezembro, dado como vencedor pela CNE com 53,5% de votos ©REUTERS/Christophe Van Der Perre/File Photo
Texto por:Isabel Pinto Machado|RFI
Publicado a: 23/02/2020 - 19:44Modificado
Umaro Sissoco Embaló, candidato dado como vencedor pela CNE da segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, regressou este domingo a Bissau e reiterou que vai tomar posse na próxima quinta-feira, 27 de Fevereiro.a: 23/02/2020 - 20:48
Na Guiné-Bissau prossegue o impasse entre a CNE que declarou os seus trabalhos de apuramento terminados e o Supremo Tribunal de Justiça que ainda não validou os resultados da segunda volta das eleições presidenciais de 29 de Dezembro.
O candidato dado como vencedor pela Comissão Nacional de Eleições com 53,55% de votos Umaro Sissoco Embaló, face ao seu adversário Domingos Simões Pereira com 46,45%, regressou este domingo (23/02) a Bissau e reiterou que a sua tomada de posse dia 27 de Fevereiro é "uma coisa simbólica".
Declarações de Umaro Sissoco Embaló à sua chegada ao aeroporto de Bissau: "eu penso que até lá o Supremo terá tempo de se pronunciar, eu deixo o Supremo fazer o trabalho dele, eu estou a fazer o meu trabalho político e eu no dia 27, isso haverá duas fases não é, como sabem há uma coisa simbólica, como eu sempre disse a minha tomada de posse não ía acarretar grandes custos aos cofres do Estado".
Umaro Sissoco Embaló afirmou ainda "temos de ter prioridades, não há escolas, há greve, não há salários, eu penso que a Guiné-Bissau em vez de pensar na tomada de posse, gastar mlais dinheiro, convém pagar aos professores, porque os meninos têm que estudar" e acrescentou que deste périplo por vários países trouxe promessas de apoios e ajudas para a Guiné-Bissau, logo que a situação política se estabilize.
O colectivo de advogados do partido MADEM-G15 do qual Umaro Sissoco Embaló é um dos dirigentes, anunciou a criação de uma comissão parlamentar para a sua investidura como Presidente da Guiné-Bissau a 27 de Fevereiro.
Entretanto em comunicado divulgado este sábado (22/02) mas datado da véspera a CEDEAO, "admite impor sanções a todos os que não agirem na direcção da normalizaçao politica e institucional na Guiné Bissau, pede aos políticos que evitem declarações, que ponham em risco a paz e à CNE e ao Supremo Tribunal de Justiça que cooperem na salvaguarda do processo eleitoral".
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