O Presidente angolano João Lourenço condecorou nesta quinta-feira, 7, mais de 70 personalidades e instituições que se destacaram nos ramos das artes, cultura, ciência, empreendedorismo, desporto e activismo social.
No seu discurso, Lourenço destacou a figura do jornalista e activista Rafael Marques como “alguém que desde muito cedo teve a coragem de se bater contra a corrupção crescente que acabou por se enraizar na nossa sociedade”.
Rafael Marques, que se manifestou agradecido pala distinção presidencial, assegurou que vai continuar a dar o seu melhor na luta contra a corrupção: “Continuaremos com este estímulo presidencial a ser mais acutilantes e a fazer melhor o nosso trabalho”.
Lourenço reconheceu, no entanto, que “este reconhecimento tem leituras e reacções díspares a julgar pelos estereótipos criados ao longo do tempo quando a corrupção era encarada como algo normal em função de quem a praticava”.
Entretanto, ele disse sentir-se confortado ao “saber que encontrará da grande maioria da opinião pública nacional e internacional muita e melhor aceitação”.
Outra personalidade distinguida foi o jornalista e escritor Sousa Jamba, uma figura ligada à UNITA e que se manifestou “surpreso com a condecoração”.
O músico Eduardo Paim também fez parte da distinção presidencial, feita para assinalar mais um aniversário da Independência de Angola.
Entre outros condecorados estão a bióloga Adjany Costa, que recentemente venceu o prémio da ONU Jovens Campeões da Terra, os vencedores das medalhas de ouro de vela em África, a campeã africana de xadrez, Luzia Pires, os empresários Víctor Alves e Carlos Cunha e as cantoras Clara Monteiro e Lourdes Van-Dúnem, esta última a título póstumo).
Esta é a segunda vez que João Lourenço condecora distintas personalidades, entre civis e militares, a título póstumo e em vida, num gesto descrito como sendo de reconhecimento pelo seu contributo na conquista e preservação da independência nacional e da paz e democracia.
Conosaba/Voa
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