sábado, 23 de novembro de 2019

MÉDICO CUBANO DIZ QUE SAÚDE PODIA MELHORAR BASTANTE NA GUINÉ-BISSAU COM MAIS ESTABILIDADE


Um médico cubano a trabalhar na região de Gabu, no leste da Guiné-Bissau, considerou que se houvesse mais estabilidade política no país seria possível melhorar o estado da Saúde, sobretudo na erradicação de doenças preveníveis como o paludismo.

Em declarações à agência Lusa, Israel, como pediu para ser identificado, referiu que "há coisas que podiam ser diferentes, que podiam melhorar, pelo menos o estado da Saúde na Guiné-Bissau, sobretudo em relação à erradicação de doenças preveníveis como o paludismo, que afeta muitas pessoas".

O médico, que está na Guiné-Bissau desde 24 de agosto juntamente com a mulher, também médica, defendeu que é preciso trabalhar sobretudo ao nível da prevenção da malária, "que afeta muito África em geral", mas também a Guiné-Bissau, referindo que nas consultas que dá diariamente como médico "90 por cento dos casos são paludismo".

"Muitas vezes os pacientes chegam em situação muito grave", referiu Israel, lamentando. Segundo dados das Nações Unidas, a prevalência da malária na Guiné-Bissau é a mais alta na África Ocidental, totalizando 18% dos casos de mortes registadas em todos os centros de saúde, afetando principalmente as crianças menores de 5 anos, enquanto 34% dos óbitos devido à doença acontecem nas crianças menores de 15 anos.

Questionado sobre o efeito social dos conflitos políticos, o médico referiu que não está muito ao corrente da situação.

"Vivemos num país [Cuba] onde temos apenas um partido político, portanto não estou muito relacionado com esta situação de ter vários partidos políticos e não posso fazer uma análise correta sobre o tema", disse, referindo que já percebeu que "há muita propaganda e que está a decorrer uma campanha", embora não saiba que se trata das eleições presidenciais de domingo.

O casal de médicos vai ficar na Guiné-Bissau por um período de três anos e, em Gabu, dá aulas a estudantes do terceiro ano de medicina, "na área da patologia clínica e da medicina interna".

Sobre o povo da Guiné-Bissau, diz que se trata de "pessoas muito amáveis, são muito bons".

"Estamos numa comunidade muito boa, ajudam-se muito, independentemente do seu trabalho e vivem em muita comunhão", disse Israel. ainda o elevado custo dos medicamentos.

Conosaba/Lusa


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