Mais de 760 mil eleitores são hoje chamados a votar nas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, escolhendo entre 12 candidatos quem irá suceder a José Mário Vaz, que se recandidata ao cargo.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau garantiu na sexta-feira que estão reunidas as condições para que a votação para as presidenciais decorra “com tranquilidade” e “sem sobressaltos”.
Segundo a CNE, estão inscritos para votar 761.676 eleitores. As urnas abrem às 07:00 e encerram às 17:00 (mesma hora em Lisboa).
Durante o dia, 6.500 elementos das forças de segurança e defesa vão garantir a segurança da votação.
A campanha foi marcada pela nomeação, por parte do Presidente, de um novo Governo, que foi recusado pela comunidade internacional e que exigiu a José Mário Vaz uma gestão mais limitada sob a ameaça de imposição de sanções.
A Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) ordenou o reforço das forças internacionais (Ecomib) destacadas num país que tem sido palco de grande instabilidade política nos últimos anos.
Esta decisão, bem como a pressão internacional, acabou por marcar discursos de alguns candidatos durante a campanha, que tentaram exacerbar um sentimento anti-comunidade internacional, incluindo ameaças de expulsar do país as forças estrangeiras e acusações de ingerência nos assuntos internos do país.
A campanha ficou ainda marcada na reta final pelo anúncio de um acordo entre vários candidatos contra Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder.
Esse acordo foi anunciado à Lusa pelo Presidente cessante, José Mário Vaz, que se candidata como independente, e confirmado por Umaro Sissoco Embaló, apoiado do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15, principal partido da oposição), em declarações aos jornalistas em Cabo Verde e prevê o apoio ao candidato que passe a uma eventual segunda volta, prevista para 29 de dezembro, contra Domingos Simões Pereira.
Conosaba/Lusa
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