Cidade da Praia, 22 Nov (Inforpress) – O embaixador da Guiné-Bissau, na Praia, M’bála Alfredo Fernandes, garantiu hoje que está tudo a postos para que a comunidade deste país vote “sem problemas” nas eleições presidenciais que se realizam no domingo, 24.
“Era nosso objectivo atingir o maior número de eleitores que pudessem corresponder ao número dos residentes guineenses em Cabo Verde, mas o recenseamento ficou aquém das nossas expectativas, porque não conseguimos atingir toda a comunidade guineense”, lamentou o chefe da representação diplomática da Guiné-Bissau na Praia, explicando que tal não foi possível devido à situação da greve registada no país no momento do recenseamento.
Esclarece que por este motivo o número de cidadãos guineenses que vão poder votar no domingo é de 2301 eleitores, espalhados pelos concelhos da Praia, Santa Cruz, Santa Catarina, Boa Vista.
Segundo ele, Sal era uma outra ilha onde estava previsto o recenseamento, podendo atingir os três mil eleitores recenseados, mas não foi possível porque à chegada a equipa foi confrontada com o “não pagamento e outros problemas relativos ao processo de recenseamento”.
“Queríamos que em todas as ilhas de Cabo Verde, onde existe um guineense, fosse feito o recenseamento”, afirmou M’bála Alfredo Fernandes.
O diplomata reconheceu a colaboração das autoridades cabo-verdianas no processo de recenseamento dos cidadãos guineenses, assim como nos momentos eleitorais, desde o Ministério dos Negócios Estrangeiros, passando pelas escolas públicas, autarquias locais e, principalmente, algo que considera “inédito” que é a presença das forças de segurança em todas as mesas de voto e acompanhamento das urnas até à embaixada.
“Desta vez, sendo uma eleição muito sensível, porque vamos eleger o Presidente da República, o primeiro magistrado da nação, exige de nós uma certa responsabilidade e equidistância em todo o processo”, garantiu, adiantando que já foram indicadas todas as assembleias de voto, onde os guineenses possam escolher o próximo Presidente da República.
“Apelamos a todos que votem e exerçam o direito de voto porque o Presidente da República é de todos os guineenses. Será o árbitro e bombeiro lá onde haja fogo para apagar”, comparou o embaixador, adiantando ainda que o Chefe de Estado é a “polícia para vigiar as outras entidades, ou seja, os órgãos de soberania”.
M’bála Alfredo Fernandes quer que “não haja abstenção” e, por isso apela aos guineenses na diáspora que exerçam o seu direito de voto.
A preceder ao acto eleitoral de domingo, segundo o embaixador, foram formados os membros da assembleia de votos e todo o processo de recepção dos materiais, como os boletins de votos, foi fiscalizado pelas representações dos partidos políticos e das candidaturas.
“Ganhe quem ganhar, é a Guiné-Bissau que ganhará no dia 24”, concluiu.
As assembleias de votos, de acordo uma notas de imprensa da embaixada guineense vão estar abertas a partir das 07:00 e encerram-se às 17:00 de Cabo Verde. Mas M’bála Alfredo Fernandes vai avisando que enquanto estiver um guineense na fila à espera de votar, as assembleias estarão abertas.
Às eleições presidenciais de domingo concorrem 12 candidatos que querem chegar à Presidência da Guiné-Bissau, um candidato a menos do que em 2014.
Eis os locais onde os eleitores podem votar:
Santiago (Cidade da Praia)
Mesa 1 – Escola do ensino básico o de Palmarejo (13 de Janeiro)
Mesa 2 – Liceu Cónego Jacinto (Várzea)
Mesa 4 – Liceu Manuel Lopes Calabaceira
Mesa 5 – Santa Cruz (Santiago) – (Câmara Municipal de Santa Cruz)
Mesa 6 – Santa Catarina (Santiago) –- Assomada –Liceu Amílcar Cabral
Mesa 7 – Boa Vista –Estádio Municipal
Mesa 8 – Boa Vista –Estádio Municipal
Ao todo, são oito assembleias de voto onde os guineenses podem exercer o seu direito de cidadania.
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