Umaro Sissoco Embaló, candidato que vai disputar a segunda volta das presidenciais na Guiné-Bissau, recusou hoje que apela ao voto étnico e religioso e disse que Domingos Simões Pereira é quem mais divide a sociedade guineense.
"Mas quem é que semeou ódio na Guiné-Bissau? Foi o Domingos Simões Pereira. É um anti-muçulmano assumido. Mas quem é que costuma gozar com a religião dos outros? Quem é que levou um imame para fazer uma reza durante a abertura da campanha dele? Porque é que ele que é da confissão religiosa católica não levou um bispo ou um padre? Mas quem é que foi à procura de chefes religiosos para irem convencer os outros candidatos para o apoiarem?", questionou Umaro Sissoco Embaló.
Os candidatos Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, marcada para 29 de dezembro.
Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi o candidato que obteve maior percentagem de votos, 40,13%, mas não conseguindo mais de metade para vencer à primeira volta.
"A pessoa que dividiu mais a sociedade guineense foi Domingos Simões Pereira, porque começou a fazer política ontem. A Guiné-Bissau era um país laico e de concórdia nacional, Domingos Simões Pereira semeou o ódio e a divisão entre os guineenses", disse em declarações à Lusa o major-general na reserva.
Umaro Sissoco Embaló disse também que conseguiu chegar à segunda volta das presidenciais devido ao Movimento para a Alternância Democrática e à sua "imagem carismática".
"Era óbvio, que estaria na segunda volta", afirmou Sissoco Embaló, salientando que a "esperteza é dos civis e a inteligência é dos militares" e que não podia fazer erros de avaliação.
Conosaba/Lusa
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