Domingos Simões Pereira, que vai disputar a segunda volta das presidenciais da Guiné-Bissau, disse hoje que se for eleito Presidente não vai fazer justiça com as próprias mãos, sublinhando nada ter contra o chefe de Estado cessante.
"O jogo democrático é um jogo que exige de todos o respeito dos outros. Até a proclamação destes resultados eu era um concorrente do cidadão José Mário Vaz. A partir do momento em que de acordo com os resultados ele não vai à segunda volta passa ao estatuto de cidadão normal e eu tenho de o respeitar e quem vai à frente tem mais responsabilidades", afirmou Domingos Simões Pereira.
O candidato, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, disse também que tem a "responsabilidade de tranquilizar todos os guineenses e é importante que o cidadão José Mário Vaz saiba que o cidadão Domingos Simões Pereira não tem rigorosamente nada contra ele".
"Não pretendo ascender ao cargo de Presidente da República para fazer justiça com as próprias mãos, o meu coração não está tingido de nada disso. Eu farei apelo à concórdia e ao perdão e a criar condições para que todos os cidadãos guineenses possam viver na Guiné-Bissau e usufruir daquilo que o nosso país nos pode oferecer", disse.
Os candidatos Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embalo vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, marcada para 29 de dezembro, anunciou hoje a Comissão Nacional de Eleições.
Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi o candidato que obteve maior percentagem de votos, 40,13%, não conseguindo mais de metade para vencer à primeira volta.
O Presidente cessante José Mário Vaz obteve 12,41% dos votos, falhando a segunda volta das presidenciais.
Conosaba/Lusa
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