sábado, 16 de novembro de 2019

«CAMPANHA ELEITORAL» JOSÉ MÁRIO VAZ VOLTA A QUESTIONAR O PARADEIRO DO 'BÊS MOONHA' DE ESTADO


Bissau 15 Nov 19 (ANG) – O Presidente da República cessante e candidato independente às presidenciais de 24 de Novembro voltou a questionar quinta-feira o paradeiro do dinheiro provenientes de cobranças de diferentes impostos cobrados no país.

José Mário Vaz que falava num comício de campanha eleitoral na cidade de Gabú, leste do país, afirmou que os dinheiros provenientes dos impostos não estão a ser canalizados para o cofre de Estado, mas sim para os bolsos dos governantes, frisando que quando era ministro das Finanças pagava salários à 25 de cada mês e dava subsídios de 600 milhões de francos CFA aos funcionários públicos.

Disse que agora estas mesmas pessoas estão a tentar comprar a consciência dos eleitores, tendo-os aconselhados a receberem o dinheiro mas para não votarem nestes candidatos.

“Nas minhas andanças pelo país constatei que não há estradas, hospitais, escolas e não há energia eléctrica. E questiono do paradeiro do dinheiro dos impostos que alguns dirigentes metem nos bolsos para resolver seus problemas e das suas famílias deixando o povo na penúria”, disse.

Jomav afirmou que as seguranças da Presidência da República não recebem subsídios há muito tempo, frisando que até o dinheiro para combustível não recebem do Executivo, tendo perguntado que, se ele conseguia pagar salários quando era ministro das Finanças, porquê que os outros não o podem fazer hoje.

Pediu a população para não entregar o lugar de Presidente da República à qualquer um, para não fazer o país voltar para os tempos das matanças ou momentos em que se ouvia dizer: “sabem quem eu sou e de que família pertenço”, salientando que esta época já não vai voltar nunca mais.

Disse que não pode haver guineenses de primeira, segunda ou terceira classe e nem guineenses da cidade e de tabanca.

“Não devemos deixar que ninguém nos divida. Conseguimos ter cinco anos de paz e estabilidade, tranquilidade e de liberdade ou seja conseguimos estabilizar a Guiné-Bissau. Agora o que pedimos é a confiança do povo rumo ao desenvolvimento do nosso país apostando na educação porque só pondo os nossos filhos na escola é que podemos almejar o progresso que todos querem “,frisou.
O Presidente da República cessante disse que no segundo mandato, caso for eleito, será de trabalho, sublinhando que o ponta pé de saída será a partir do campo, dando primeiro as populações a auto-suficiência alimentar criando riqueza para o país.

Disse que o país não pode continuar tal com como se encontra, acrescentando que não será ingrato para o PAIGC que o colocou na cadeira presidencial.

Vaz disse que a maneira como os libertadores estão a dirigir o país não o agrada.

Questiona como um partido que quer ser forte e estável pode expulsar militantes destacados como Botche Cande, Satu Camará, Marciano Silva Barbeiro e outros.

Afirmou que no dia 24 de Novembro, numa alusão clara ao candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, além de perder as eleições presidenciais, vai igualmente perder o partido que lidera.

Jomav disse estar mais confiante na vitória agora depois de apalpar o pulso da população, salientando que sentiu que o povo está com ele ao contrário do que muitos querem fazer parecer.

Por seu turno, o régulo de Gabú, Aladje Saico Embalo agradeceu ao José Mário Vaz por aquilo que considera de inédito ou seja durante o seu mandato nenhuma mulher chorou a morte do seu marido ou filho, tendo pedido paz, sossego e tranquilidade para a Guiné-Bissau..

Conosaba/ANG/MSC/ÂC//SG

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