O candidato às presidenciais do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse hoje que no dia 24 de novembro os guineenses vão decidir sobre o seu futuro e ambições.
"A decisão de dia 24 (de novembro, data das eleições presidenciais na Guiné-Bissau) não é uma decisão sobre candidatos, é a decisão sobre a nossa vida, sobre o nosso futuro e sobre as nossas ambições", afirmou Domingos Simões Pereira, num comício no Espaço Verde, em Bissau.
Na sua intervenção, Domingos Simões Pereira falou sobre a festa da democracia, que teve início sábado com arranque da campanha eleitoral para as presidenciais, mas que há regras e que um democrata as cumpre.
"Para participar nesta festa da democracia tem de ser democrata e aceitar as regras da democracia, tem de se aceitar que o povo é que escolhe e quando o povo escolher a discussão acaba", afirmou.
Domingos Simões Pereira salientou que em democracia se escolhe com base na comparação de ideias e não com não com base na cor, etnia e religião.
O candidato pediu também unidade entre os guineenses, porque só assim é possível "lutar contra o subdesenvolvimento, pobreza e todos os males da sociedade".
Aos guineenses, Domingos Simões Pereira prometeu, caso seja eleito no dia 24 de novembro chefe de Estado, respeitar a dignidade das pessoas que lutara pela independência do país e combater as desigualdades.
"O próximo mandato vai ser dedicado à promoção da igualdade", disse, salientando que é preciso repor a dignidade dos guineenses.
Domingos Simões Pereira esclareceu também que não vai dedicar "nem um segundo" da campanha eleitoral a "falar mal dos outros candidatos".
"Não temos tempo para isso, nem para responder a provocações. Os problemas da Guiné-Bissau são tão profundos que temos começar a trabalhar desde o primeiro dia. Queremos falar da Guiné-Bissau e dos guineenses", afirmou.
A campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de novembro começou sábado e vai decorrer até 22 de novembro.
Participam na corrida 12 candidato aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça.
A Guiné-Bissau vive um momento de grande tensão política, tendo o país neste momento dois governos e dois primeiros-ministros, nomeadamente Aristides Gomes e Faustino Imbali.
O Presidente guineense deu quinta-feira posse a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes na segunda-feira.
A União Africana, a União Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem o Executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.
O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às eleições presidenciais, pelo seu mandato ter terminado a 23 de junho e por ter ficado no cargo por decisão da CEDEAO.
Uma missão da CEDEAO, que chegou sábado ao país, reforçou hoje que a organização apoiar o Governo de Aristides Gomes e ameaçou impor sanções a quem criar obstáculos à realização das presidenciais a 24 de novembro.
Conosaba/Lusa
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