sexta-feira, 16 de novembro de 2018

CONSELHEIROS DO ESTADO DA GUINÉ-BISSAU RECOMENDAM MARCAÇÃO DE ELEIÇÕES SÓ APÓS RECENSEAMENTO CONCLUÍDO 'COMO DEVERIA SER´(E NEM FUMO DE RECENSEADORES NO PORTO PARA RECENSEAR OS GUINEENSES)

porta-voz, Victor Mandinga.
O Conselho de Estado da Guiné-Bissau aconselhou o Presidente da República a marcar uma nova data para as eleições legislativas só após a conclusão do recenseamento eleitoral, disse  o porta-voz daquele órgão, Victor Mandinga.

Antes de partir para uma visita de 24 horas à Nigéria, onde vai dar conta ao presidente em exercício da Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), Muhammadu Buhari, José Mário Vaz reuniu-se com os conselheiros do Estado de quem ouviu recomendações sobre a nova data para o escrutínio que o próprio tinha agendado para 18 deste mês.

Apesar de estarem já registados pouco mais que 60% de potenciais eleitores, o porta-voz do Conselho de Estado guineense explicou que os conselheiros recomendaram a José Mário Vaz que não se comprometa como uma nova data para as eleições.

Os conselheiros do Estado guineense sugeriram a José Mário Vaz que a data seja marcada "o mais breve possível" assim que terminar o recenseamento e todos os prazos previstos nas leis do país respeitados.

Victor Mandinga sublinhou que os conselheiros encorajaram também o Presidente do país continuar a incentivar o clima do diálogo entre os atores políticos para que as eleições venham a ter lugar de forma transparente e justa.

O primeiro-ministro, Aristides Gomes, também membro do Conselho de Estado, já havia dito que apresentou ao Presidente quatro cenários possíveis para a realização do escrutínio: 16, 20 e 30 de dezembro deste ano ou 27 de janeiro de 2019.

Gomes não quis alongar-se quanto a uma data de preferência do Governo, mas salientou que se está no "caminho certo" para que o escrutínio se realize.

"Estamos à espera da marcação de uma nova data pelo Presidente da República", defendeu o primeiro-ministro guineense.

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, igualmente conselheiro do Estado, disse que a não realização de eleições legislativas em 2018 seria "colocar em causa a soberania" do país e um "desrespeito aos dispositivos constitucionais" que impõem a renovação de mandatos dos deputados a cada quatro anos.

Para Domingos Simões Pereira, não realizar o escrutínio a 18 de novembro, como estava marcado pelo Presidente do país, José Mário Vaz, "seria mau", deixar de o fazer em 2018 "seria de se lamentar".

O líder do PAIGC afirmou são "visíveis os esforços permanentes" no sentido de fazer com que as eleições não tenham lugar em 2018.

Já de manhã, José Mário Vaz encontrou-se com os partidos políticos e elementos da gestão eleitoral aos quais transmitiu a sua convicção de que a data do escrutínio só deve ser marcada com a conclusão do recenseamento.

Conosaba/Lusa

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