O Ministro da Educação Nacional diz que o governo continua a envidar esforços para o início das aulas nas escolas públicas mas, no entanto, pede a cedência dos sindicatos em benefício das crianças
Numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi (RSM), esta quarta-feira (28), o ministro da educação, Camilo Simões Pereira, disse que as negociações foram feitas em todos os níveis e, pede a cedência tendo em conta a responsabilidade das partes na abertura do ano lectivo.
“Tivemos muitas negociações com os sindicatos. É chegado o momento da cedência de ambas as partes porque o Estado é todos nós mas temos a obrigação e responsabilidade de dar escola às nossas crianças. Os professores têm o direito às reivindicações mas têm responsabilidade perante estas crianças”, explica.
O titular da pasta de educação manteve também encontros com os estudantes que se encontram agrupados já há 4 dias em frente ao ministério da educação nacional. O encontro realizado na manhã desta quarta-feira não fez desatar os estudantes das suas barricadas junto ao ministério de educação nacional em sinal de protesto contra o não início das aulas nas escolas públicas.
“Colocamos os nossos problemas em cima da mesa mas mesmo assim estão reticentes mas eles (os alunos) acharam que é possível negociarmos todos juntos e sabem que se os sindicatos aceitarem as nossas propostas vamos, todos juntos, resolver a situação”, disse.
Também ouvido pela RSM, o presidente da Associação dos alunos das escolas públicas do país “congregados na nova frente denominada carta 21” e igualmente coordenador da vigília, Franique Alberto da Silva, confirma que não receberam garantias concretas do ministério da educação.
“Como alunos não devemos participar nas negociações. O ministro não nos mostrou nenhuma garantia palpável”, confirma.
O secretário-geral do Conselho Nacional de Juventude, Lélito Paulo Quadé, disse que os estudantes estão a reivindicar as suas independências futuras.
“Queremos sociedade justa e um país em progresso e por isso devemos apostar na educação para termos pessoas capacitadas e competentes que ajudarão no desenvolvimento nacional”, avança.
Os alunos das escolas públicas e privadas do país continuam agrupados, junto ao Ministério da Educação Nacional para exigir do governo a abertura das aulas nas escolas públicas.
Informações dão conta que no segundo dia das reivindicações (segunda-feira), houve atraso na abertura das portas do ministério, porque os alunos teriam colocado pedras e garrafas no parque de estacionamento da viatura do ministro da tutela.
Às 11horas, as portas foram abertas e os trabalhos decorreram normalmente, segundo revelou a mesma fonte.
Igualmente a nossa reportagem ouviu algumas pessoas que foram procurar o atendimento no ministério, mas confirmam que estão a ser recebidos normalmente. A RSM teve informação de que as portas do ministério da educação foram bloqueadas pelos estudantes que impediram entradas de funcionários.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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