Bissau - A marcha de protesto de partidos da oposição que contestam o regime do Presidente guineense, José Mário Vaz, que devia ter lugar hoje, em Bissau, foi desconvocada, disse à Lusa, Agnelo Regalla, dirigente de um colectivo de partidos de oposição democrática.
Segundo Regalla, a anulação da marcha deveu-se à actuação da polícia, que na quinta-feira, proibiu a realização de iniciativa semelhante, sob a alegação de uma ordem emitida pelo Procurador-Geral da República, Bacari Biai, que instou o Governo "a respeitar a Constituição" do país.
Numa nota emitida no dia 02 de Dezembro, o Procurador guineense, citando a Constituição do país, ressalvou que "os cortejos e desfiles de cidadãos só são permitidos aos domingos e feriados" e aos sábados "a partir das 13:00 e em dias úteis só depois das 19:00".
O colectivo de partidos que contesta o Presidente guineense não concorda com a actuação da polícia e com a ordem do Procurador, mas mesmo assim decidiu desconvocar a manifestação que estava prevista para hoje.
"Vamos desconvocar a marcha de hoje, mas na segunda-feira, vamos colocar no terreno uma nova estratégia de luta contra a ditadura do Presidente “Jomav” e do seu Governo", enfatizou Agnelo Regalla, referindo-se ao nome pelo qual também é conhecido o líder guineense.
O opositor assinalou que a marcha de hoje foi cancelada, mas as previstas para os dias 14 e 15 deste mês "estão de pé".
A manifestação de partidos da oposição foi cancelada, mas eram visíveis, esta manhã, forças de segurança nas principais artérias de Bissau.
Conosaba/angop
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