A Assembleia-Geral da ONU decidiu assinalar o 100.º aniversário do nascimento de Nelson Mandela com uma cimeira de alto nível focada na paz mundial antes da reunião anual de líderes em setembro de 2018.
Adotada na sexta-feira, sem votação, a resolução diz que a "Cimeira da Paz Nelson Mandela" vai incluir discursos de altos responsáveis da ONU, da Comissão da União Africana e de Estados-membros, de acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press.
A resolução invoca a dedicação do líder anti-apartheid na promoção da resolução do conflito, nas relações inter-raciais, direitos humanos, reconciliação e igualdade de género.
Em 2009, a Assembleia-Geral da ONU estabeleceu 18 de julho como "Dia Internacional de Nelson Mandela", data de nascimento do histórico líder sul-africano, instando todo o mundo a assinalar a efeméride fazendo a diferença nas comunidades em que se inserem.
Um dos políticos mais conhecidos e respeitados do mundo, Nelson Mandela, também conhecido como Madiba, morreu em 05 de dezembro de 2013 aos 95 anos, vítima de doença prolongada após uma pneumonia reincidente.
Mandela, que esteve preso 28 anos (1962-1990), acusado de sabotagem e luta armada contra o governo racista da África do Sul, tornou-se, em 1994, no primeiro Presidente negro do país, ao ser eleito nas primeiras eleições livres e multirraciais.
Mandela, que em 1993 recebeu o Nobel da Paz juntamente com Frederik de Klerk, governou África do Sul até 1999 e tornou-se num dos principais estadistas do século, como referência na luta contra a segregação racial, e visto pelos seus compatriotas como o patriarca da "nação do arco-íris".
Após o fim do mandato, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos, como o apoio à campanha de recolha de fundos contra a SIDA, chamada 46664 - número que evoca a sua ficha prisional.
Conosaba/Lusa
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