Bissau, 13 Dez 17 (ANG) – O líder da Bancada Parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS) afirmou hoje que o seu partido vai continuar a apoiar incondicionalmente o Governo liderado pelo primeiro-ministro Umaro Sissoco até as próximas eleições legislativas do próximo ano.
Certório Biote falava a saída de um encontro com o Presidente da República e os signatários do Acordo de Conacri na qual se analisou a implementação do referido documento.
“Por isso estamos a reafirmar o nosso apoio incondicional ao actual Governo em função até as eleições. Não são os Chefes de Estado da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que vão resolver os problemas dos guineenses, mas sim os próprios filhos da terra”, disse Certório Biote.
O político disse que o PRS não faz parte da crise política que afecta a Guiné-Bissau nos últimos tempos, mas que na qualidade de actor politico está disposto a dar apoio para encontrar uma solução plausível para o país, na base de diálogo e entendimento.
“O PRS apoia este Governo porque entendemos que tem a maioria no parlamento e o primeiro-ministro foi nomeado de uma forma correcta mas o Acordo de Conacri vai mais longe porque falou também da reintegração incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC e a abertura imediata da Assembleia Nacional Popular, que está fechada por um partido político”, disse Biote acrescentando que o país não pode continuar refém desta instituição por prazer de uma Comissão Permanente de nove pessoas.
Por seu turno, o representante dos 15 deputados expulsos do PAIGC,disse esperar que o bom senso prevaleça , sustentando que a escolha do nome entre os três propostos para o cargo do Primeiro-ministro fora atribuída ao Chefe de Estado.
Braima Camará disse que Umaro Sissoco Embaló foi a pessoa que reuniu a maioria dos deputados e que o Acordo de Conacri previa a reintegração no PAIGC dos deputados expulsos sem condições para poder recuperar a sua maioria no parlamento e voltar a governar como partido vencedor das últimas eleições legislativas, e que o parlamento devia ser aberto para debates políticos o que não se verificou devido ao bloqueio por parte do PAIGC, que não quer integrar os 15 deputados expulsos.
Vença Mendes, em representação da Plataforma Nacional de Organização da Sociedade Civil para Democracia Cidadania e Direitos Humanos disse que exortaram aos signatários do Acordo de Conacri a cumprir o mesmo com boa fé.
“Também exortamos que ao persistir a crise que envergonha a todos os guineenses, que o Presidente da República usasse a sua prerrogativa constitucional para acabar com a crise dissolvendo o Parlamento e convocasse eleições legislativas e autárquicas, para completar o ciclo eleitoral nos país”, disse Mendes.
Por sua vez, o Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil Jorge Gomes disse que aconselharam ao Presidente da República a usar a sua influência junto aos 15 deputados expulsos do PAIGC para voltarem a casa , criando condições para a implementação do Acordo de Conacri, caso contrário vai ser difícil o seu cumprimento.
“E o Chefe de Estado garantiu-nos que vai ´pensar nas sugestões dadas e depois do seu regresso de Abuja, onde deverá participar na cimeira de chefes de estados e de governos da CEDEAO prevista para o dia 16 de dezembro, vai continuar a trabalhar para a busca de solução salutar para o pais “, disse Gomes.
No encontro tomaram parte as organizações internacionais denominadas P5 que envolve a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, União Africana, a União Europeia e as Nações Unidas que saíram sem dar declaração à imprensa.
Não compareceram para a reunião o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a União para Mudança(UM), o Partido da Nova Democracia(PND) e Partido da Convergência Democrática(PCD), ambos com assentos no parlamento.
Conosaba/ANG/MSC/ÂC/SG
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