Guineenses na Líbia continuam a pedir ajudas urgentes do Estado guineenses para poderem regressar ao país. O grito de socorro surge semanas depois de o primeiro-ministro garantir que até finais deste mês de Dezembro todos os guineenses serão resgatados da situação desumana em que se encontram na Líbia
Esta quinta-feira (28), numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi (RSM), Adulai Baldé, um dos guineenses migrantes na Líbia que foi libertado da prisão na Líbia, confirma que ainda existem números elevados de guineenses presos na Líbia.
“A situação dos guineenses na Líbia é muito má. Ouvimos as promessas das autoridades nacionais mas não vimos a presença de nenhum representante do Estado guineense e nem do avião que permitiram”, confirma.
Questionado sobre o número dos guineenses presos na Líbia, Adulai confirma que em média existem mais de cem (100) guineenses em situação ilegal na Líbia e deste número mais de oitenta (80) estão presos.
Adulai Balde pede ainda as autoridades guineenses para tirarem os guineenses que se encontram na Líbia em situações desumanos.
“Que o presidente e o Estado da Guiné-Bissau resolvam a situação dos guineenses na Líbia. Por favor”, pede.
Na mesma entrevista á RSM, Adulai, que prefere não entrar em mais detalhes sobre a situação dos africanos na Líbia “por causa da sua segurança, confirma a veracidade das imagens que circulam nas redes sociais sobre os maus tratos dos migrantes.
Recentemente o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, garantiu que ainda neste mês de Dezembro “todos os guineenses” que se encontram na Líbia irão voltar ao país. No mesmo dia a embaixada da Líbia no país promete juntar esforços com as autoridades nacionais para salvar vidas das pessoas naquele país.
Isto, momentos em que a sociedade civil realizou várias vigílias pedindo pelo resgate das pessoas.
Informações dão conta que actualmente africanos que escolhem rota de Líbia para migrar para Europa, a procura de melhores condições de vida, são assassinados e vendidos como mercadoria. Vários países já resgataram os seus cidadãos naquele país.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolamansi com Conosaba do Porto
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