Bissau - O Governo da Guiné-Bissau, já disponibilizou verbas para a actualização dos cadernos eleitorais com vistas às eleições legislativas previstas para 2018, disse nesta sexta-feira, o porta-voz do Executivo guineense, Fernando Vaz, citado pela Lusa.
"Já existem verbas para actualização dos cadernos eleitorais. Os governos anteriores até aqui que deviam anualmente, e por força da lei do recenseamento, actualizar os cadernos eleitorais, não o fizeram, desde as eleições passadas até agora. Este Governo já está a tratar desse assunto e já disponibilizou o dinheiro", afirmou, em conferência de imprensa, o também ministro do Turismo guineense.
Questionado pelos jornalistas se seria o actual Governo a organizar as eleições, Fernando Vaz devolveu a questão, perguntando aos jornalistas: "Não têm sido todos os governos que estão em funções que realizam as eleições?".
O actual Governo da Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.
O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, bem como a reintegração de um grupo de deputados expulsos do PAIGC.
A Guiné-Bissau deverá realizar eleições legislativas em 2018 e presidenciais em 2019, mas alguns líderes de partidos políticos têm afirmado que não vão aceitar eleições organizadas pelo actual Governo, nomeadamente Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU -PDGB).
Nuno Nabian ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais de 2014, tendo disputado a segunda volta com o actual Presidente guineense, José Mário Vaz.
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