sábado, 28 de outubro de 2017

COLETIVO DE PARTIDOS CRITICA PR GUINEENSE EM COMÍCIO EM BISSAU

Foto/Notabanca

O Coletivo dos Partidos Políticos Democráticos da Guiné-Bissau realizou ontem um comício, na cpital, durante o qual fez duras críticas ao Presidente guineense, José Mário Vaz, pela atual situação no país.

"José Mário Vaz foi quem criou o problema, mas o povo é quem vai resolver o problema", afirmou Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Domingos Simões Pereira acusou também o Presidente de não estar a respeitar a Constituição e a lei do país, porque não ouviu a voz do povo.

No comício, que decorreu sem incidentes e foi acompanhado pelas forças de segurança, participaram centenas de pessoas.

Nuno Nabian, presidente da candidato derrotado na segunda volta nas eleições presidenciais de 2014, e presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU -PDGB), pediu a José Mário Vaz para "não pedir o voto à população" nas próximas eleições.

Em declarações à Lusa, Domingos Simões Pereira afirmou que transmitiu ao povo uma mensagem de esperança.

"Quando o povo assume a sua responsabilidade e se junta para reclamar o seu direito, para em democracia ser o povo a decidir o seu destino. O povo tem razão para ter esperança", disse.

O coletivo, constituído por 21 partidos guineense, vai realizar outro comício sábado em Bissau.

Segundo o coletivo, o objetivo dos comícios é "proteger as liberdades fundamentais dos cidadãos, restaurar a democracia e a construção do Estado de direito democrático".

A Guiné-Bissau vive há cerca de três anos um impasse político, depois de o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter demitido Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro.

O PAIGC venceu as eleições legislativas de 2014 e não reconhece o atual Governo em funções no país.

O impasse político, que provocou também o encerramento do parlamento guineense, tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem ao diálogo entre os líderes políticos guineenses.

Conosaba/Lusa



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