O coordenador do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, Braima Camará refutou, esta quarta-feira, o envolvimento de qualquer elemento do grupo na suposta tentativa de assalto a sede do partido, que aconteceu no princípio desta manhã.
Braima Camará reagiu com indignação ao incidente, afirmando que nenhum elemento do grupo tenha participado ou tenha sido mandatário do assalto.
“ Com muita indignação e estupefacção que também tomei conhecimento dessa ocorrência. Quero que fique claro que, como coordenador não sei da participação de nenhum dirigente dos 15, ou que tenha mandatado o assalto” esclarece o coordenador do grupo.
O país vive um impasse político há cerca de três anos, depois do Presidente da República ter demitido o Governo de Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, partido que venceu as eleições legislativas de 2014.
Na manhã desta quarta-feira, um grupo de indivíduos invadiu a sede dos libertadores e houve alguns feridos graves durante os confrontos.
Nesse sentido, Braima Camará condenou o ato de violência e considerou que todos os desentendimentos devem ser resolvidos com diálogo.
“ Condeno qualquer ato de violência” notou o dirigente, justificando que, foi por isso que embora perdeu injustamente o congresso do partido em Cacheu não disse nada a ninguém.
O Grupo dos 15 é um grupo de deputados expulsos do PAIGC, depois de votarem contra o programa do Governo submetido ao parlamento por Carlos Correia, que substituiu Domingos Simões Pereira.
Na sequência da expulsão daqueles deputados, o parlamento ficou bloqueado e está parado há cerca de dois anos.
Apesar das forças de segurança terem um dispositivo junto a sede do PAIGC, que fica localizada na Praça dos Heróis Nacionais, só intervieram quando começaram os confrontos, segundo relatos dos militantes do partido.
Confrontado com a situação na sede do partido, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, lamentou o comportamento da força de segurança que estavam nas imediações da sede do PAIGC.
Para Augusto Mário da Silva, as forças de segurança deveriam assumir o papel republicano para evitar os confrontos que aconteceram no local esta manhã.
“As nossas forças de segurança deviam intervir preventivamente para evitar o confronto que se registou na sede partido, porque se trata de um ato de perturbação da ordem pública no país”, declarou Mário da Silva.
O presidente da Liga e ativista dos direitos humanos, aproveitou o encontro com a imprensa para apelar as partes uma maior contenção e serenidade na resolução desta crise interna no PAIGC.
De recordar que o grupo dos dissidentes do PAIGC acusam a direção do partido de recusar a sua reintegração e, ainda de os convidar a violência.
Em conferência de imprensa na semana passada, o grupo responsabiliza o líder do partido, Domingos Simões Pereira pela divisão desta força politica.
Abel da Silva, deputado e antigo secretário nacional do PAIGC, pertencente ao grupo dos 15 acusou a direção do partido de não aceitar o repto que recentemente lançaram ao partido no sentido de abrir o canal do diálogo que possibilite a reintegração dos dissidentes expulsos.
/ /Por: Alcene Sidibé
Conosaba/faladepapagaio-Radiojovem
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