O historiador é há décadas militante social-democrata. Mas tem sido também um dos mais críticos militantes do partido, desde que Passos Coelho assumiu a presidência do PSD.
Pacheco Pereira terá sido desafiado a sair pelo próprio pé do PSD mas nos corredores do partido há até quem já fale de expulsão, por ter ‘rompido’ estatutos dos sociais-democratas ao marcar presença numa ação de campanha de Marisa Matias, a candidata às presidenciais apoiada pelo Bloco de Esquerda.
A informação é avançada pelo jornal i, a quem o deputado Duarte Marques, antigo líder da JSD, comentou a eventual saída de Pacheco Pereira: “Acho perfeitamente normal e coerente com tudo o que disse nos últimos cinco anos”, considera Duarte Marques, que diz sobre o percurso político do historiador e comentador que “a única coisa que é incoerente é continuar a ser militante do PSD”.
“Se pensasse como ele, teria vergonha de ser militante do PSD”, diz mesmo Duarte Marques.
Nos últimos anos Pacheco Pereira tem-se distinguido como um dos militantes do PSD mais críticos das escolhas políticas e ideológicas da atual direção.
Já Ângelo Correia, outro histórico do partido, é também crítico de Pacheco Pereira mas teme que a opção pela expulsão faça do historiador um “mártir”.
“Pacheco Pereira deseja ser convocado [pelo partido] e ser mártir. A vontade dele é manter-se no PSD e esperar que o partido lhe aplique alguma sanção”, considera.
Recorde-se que em 2013 houve cerca de 400 militantes sociais-democratas a serem expulsos na sequência das eleições autárquicas de então. António Capucho foi um dos casos mais conhecidos a ser incluído nessa expulsão em massa.
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