Bissau - O governo da Guiné-Bissau anunciou hoje (terça-feira), que irá travar o tráfico de passaportes diplomáticos e de serviço no país, dando conta da descoberta de mais de mil e 600 documentos fraudulentos em posse "de pessoas alheias a actividade diplomática", noticiou a AFP.
O chefe da diplomacia bissau-guineense anunciou uma retirada de documentos fraudulentos, mas não precisou a data da efectivação do processo. "Temos uma lei sobre a atribuição dos passaportes. As pessoas que não reunirem os requisitos exigidos verão retirados os seus documentos pura e simplesmente", assegurou o ministro.
Várias centenas de passaportes tinham desaparecido na Guiné-Bissau durante a transição política (2012-2014), e posteriormente reencontrados nas mãos de estrangeiros, como chineses e húngaros, afirmou uma fonte próxima do ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Trata-se duma verdadeira máfia bem organizada. Um passaporte diplomático vendia-se até 50.000 dólares" (mais de 44.000 euros), acrescentou a mesma fonte sob anonimato.
A Guiné-Bissau, uma ex-colónia portuguesa, figura entre os últimos países no mundo no Índice de desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
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