sábado, 7 de fevereiro de 2015

«BUBAQUE» ADMINISTRADOR DE BUBAQUE (GUINÉ-BISSAU), CONSIDERA SITUAÇÃO DE DIFÍCIL, MAS ACREDITA EM DIAS MELHORES PARA O SECTOR



Robane, Bubaque, 06 Fev 15 (ANG) – O administrador de Bubaque espelhou de forma negativa a situação vigente naquele sector, mas prometeu mudar o cenário nos próximos tempos com os apoios do governo central e parceiros desenvolvimento.

Amadu Djau que falava sexta-feira a imprensa na ilha de Robane a margem do encontro de trabalho entre o governo e o Banco Mundial, no quadro dos preparativos para a Mesa redonda de Março, disse que as dificuldades não se resumem apenas ao seu sector, mas a toda a região de Bolama/Bijagós devido a suas especificidades geográficas.

O administrador começou por evocar o problema do isolamento a que o sector, constituído por Bubaque e mais 6 ilhas ao redor, esta votado, por falta de meios de transportes, a ausência de infraestruturas, problemas de telecomunicação e vias rodoviárias em mau estado de conservação, ainda da falta de energia eléctrica e de água canalizada.

Igualmente, apontou a falta de gelo para abastecer os pescadores artesanais que operam naquela área, pois, segundo Amadu Djamanca, os populares locais vivem essencialmente das pescas. “Os pescadores agora limitam-se a capturar uma limitada quantia por falta de meios de conservação”, frisou.

Igualmente, fez alusão a falta de meios de transportes de ligação com o continente e inter-ilhas o que tem criado muito constrangimentos em termos de evacuação de doentes ou parturientes para Bissau.

Outro problema evocado é a insuficiência dos recursos humanos nas forças de segurança local, além de falta de meios materiais, nomeadamente botes para permitir as forças armadas proceder a fiscalização das nossas águas territoriais.

Ainda sublinhou que o sector depara com falta de energia eléctrica, concretamente combustível para abastecer a central eléctrica de Bissau e melhoria de rede de distribuição de corrente. Disse que não existe água canalizada.

No entanto, segundo explicou, depois de efetuar a radiografia da situação a administração local começou a delinear respostas para ultrapassar os problemas, nomeadamente conseguiu que seja instalado um centro para a produção de Bilhetes de Identidade Biométrico em Bubaque.

“Foi um grande passo dado, pois aliviou os residentes locais das dificuldades de se deslocar a Bissau para este efeito e a gastar até 60 mil francos CFA, entre deslocação, estadia e alimentação para a obtenção desta peça de identificação”, realçou Amadu Djau.

Outrossim, prosseguiu o administrador, conseguiu mobilizar a população que aderiu a reparação de estradas de Bubaque que se encontravam em mau estado de conservação. A última intervenção feita naquelas estradas, segundo confidenciou este responsável, ocorreu no princípio dos anos 80.

Portanto, o administrador vê no encontro promovido pelo executivo na sua área de jurisdição como uma grande oportunidade que vai contribuir para tirar o sector das dificuldades com que defronta.

Alias, disse ter reunido com alguns ministros e debatido a forma de encontrar soluções aos problemas diagnosticados e, inclusive, efetuou visita guiada no terreno com as ministras da educação, de saúde, defesa e secretario de Estado das Pescas os quais prometeram diligenciar com vista a ultrapassar as dificuldades. 

José A. Mendonça
Enviado especial da ANG












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