Militares portugueses vão voltar à Guiné-Bissau para missões de cooperação em 2015, após três anos de interregno devido a um golpe de estado.
A partir do próximo ano letivo, a Guiné-Bissau poderá voltar a enviar militares para as academias em Portugal.
Os militares portugueses vão voltar à Guiné-Bissau para missões de cooperação em 2015, após três anos de interregno devido a um golpe de estado, disse nesta sexta-feira à agência Lusa o diretor-geral de Política de Defesa português. A partir de janeiro, Portugal voltará a ter um adido de Defesa em Bissau e até final do primeiro trimestre devem chegar ao país um conjunto de militares que vão prestar assessoria na reforma do setor de segurança guineense, referiu Nuno Pinheiro Torres, no final de uma visita a Bissau.
Até final de março de 2015, deverá estar pronto o programa quadro para três anos que vai detalhar o resto da cooperação, nomeadamente ao nível da formação. Os ramos prioritários são o Exército e a Marinha, acrescentou, tendo em conta as necessidades de vigilância, sobretudo no arquipélago dos Bijagós, constituído por dezenas de ilhas e ilhéus.
Ao mesmo tempo, a partir do próximo ano letivo, a Guiné-Bissau poderá voltar a enviar militares para as academias em Portugal, assim como para o Instituto de Estudos Superiores Militares. O regresso da cooperação na área militar torna-se possível depois das eleições deste ano, que permitiram o regresso do país à normalidade constitucional com um presidente e governo eleitos.
Entretanto, o general António Indjai, que liderou os militares no golpe de 2012, foi afastado do cargo de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) em setembro por decisão do novo Presidente da República, José Mário Vaz. “Hoje há condições para as forças armadas serem um fator de estabilidade. Esperemos que haja um novo rumo”, referiu Nuno Pinheiro Torres.
A reforma do setor de segurança é considerada um dos trabalhos prioritários para que os militares não se associem a novos focos de instabilidade, referiu, de acordo com as informações que recebeu das autoridades guineenses. O diretor-geral de Política de Defesa português reuniu-se hoje com a ministra da Defesa guineense, Cadi Seidi, e com o novo CEMGFA, Biaguê Nan Tan.
Para além dos problemas internos, vários oficiais de diferentes ramos das forças armadas guineenses são procurados por autoridades internacionais, por suspeitas de envolvimento em crime organizado e tráfico de droga. A desmobilização de militares, nomeadamente através de um fundo de pensões, é uma das tarefas a realizar para reorganizar as tropas, mas “precisa de apoio internacional, não só de Portugal”, acrescentou, ao recordar o envolvimento de outros parceiros.
observador
Obrigado jogav e. DSP retorno dos militares portugueses é melhor soluções para o país. Manter estsbilidade no país. São conhecedores do nosso território. Há 528anos que estiveram na Guiné
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