Mehmet Ali Agca fez saber que gostaria de reunir-se com o atual líder da Igreja Católica.
"Ele depositou flores no túmulo de João Paulo II. Acho que é suficiente", declarou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, questionado sobre se havia alguma hipótese de o turco de 56 anos visitar o Papa Francisco. Agca telefonou para o jornal italiano 'La Repubblica' a anunciar a sua presença no Vaticano, naquela que é a sua primeira visita ao local, desde 1981.
A visita de Agca ao túmulo do papa que tentou matar a tiro há 33 anos foi confirmada à Reuters pelo padre Ciro Benedettini, o porta-voz adjunto do Vaticano, que disse que Agca ficou em silêncio alguns minutos junto ao túmulo, depositando depois sobre o mesmo dois ramos de rosas brancas.
Agca, que pertencia ao grupo de extrema-direita Lobos Cinzentos, foi perdoado por João Paulo II, que o visitou, em 1983, na cadeia em Roma. Em 2000 foi perdoado por Itália e extraditado para a Turquia, onde ficou detido por causa da morte de um jornalista e outros crimes. Foi solto em 2010.Frequentemente surgem sugestões de que sofrerá de perturbações mentais. Após a sua libertação fez saber, através de um advogado, que pedira ao governo português para visitar Fátima durante a visita do papa Bento XVI a 13 de maio de 2010. E que gostaria também de pedir para ter nacionalidade portuguesa. Nem uma coisa nem outra acabaria por acontecer.
As verdadeiras razões por detrás da tentativa de assassinato o papa João Paulo II por Mehmet Ali Agca ainda estão até hoje por determinar. Este confessou mais tarde acreditar que foi a Nossa Senhora de Fátima que o ajudou a lutar para sobreviver. "Eu poderia esquecer que o evento [tentativa de assassinato por Ali Agca] na Praça de São Pedro teve lugar no dia e na hora em que a primeira aparição da Mãe de Cristo aos pastorinhos estava sendo lembrada por 60 anos em Fátima, Portugal? Mas em tudo o que aconteceu comigo naquele mesmo dia, senti que a proteção extraordinária maternal e cuidadosa, acabou por ser mais forte do que a bala mortal", diria mais tarde o papa João Paulo II, que só morreu em 2005 aos 84 anos.
dn
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