Cerca de 40 mil toneladas de castanha de caju estão guardadas nos armazéns da capital da Guiné-Bissau prontas para serem exportadas, disse hoje à Lusa o diretor-geral do Ministério do Comercio.
Jaimantino Có explicou que o embarque do primeiro carregamento de três mil toneladas da castanha de caju (principal produto de exportação do país) deve já estar em curso num navio que vai também transportar madeira
Um outro navio é esperado hoje no porto de Bissau para carregar 9,5 mil toneladas de caju e no dia 13 de junho um outro barco atracará para levar 13 mil toneladas, adiantou o diretor-geral do ministério do Comércio.
O grosso da castanha do caju da Guiné-Bissau é comprado por indianos que se deslocam ao país entre os meses de março e setembro.
De acordo com Jaimantino Có, contrariamente às previsões iniciais, a campanha de comercialização da castanha do caju deste ano "decorre sem sobressaltos" o que leva o Governo de transição a prever que seja possível exportar cerca de 150 mil toneladas.
Em 2013 foram exportadas 131 mil toneladas no que foi considerado pelo governo e instituições internacionais (como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional) como "uma fraca campanha".
Em termos de preço ao produtor, o diretor-geral do ministério do Comercio notou que "a situação está estável", sendo que cada quilo de caju está a ser comprado por 250 francos CFA, havendo localidades em que chega aos 270 francos CFA.
O responsável do Ministério do Comércio reconheceu que a exportação do caju começou tarde, em comparação com os anos anteriores, mas, ainda assim, "vai ter sucesso".
Uma outra novidade anunciada à Lusa por Jaimantino Có prende-se com medidas tomadas pelo Governo para evitar "o congestionamento da avenida principal" de Bissau por camiões carregados com contentores.
"Este ano não pode haver camiões carregados de contentores na avenida Amílcar Cabral. Quem fizer isso terá problemas com o Estado", disse Jaimantino Có.
A castanha de caju é transportada para os navios em contentores e normalmente os camiões ficam perfilados na avenida que dá acesso ao porto durante semanas à espera da ordem de embarque nos navios.
A situação provoca sérias dificuldades aos automobilistas e à população.
Este ano só poderá iniciar o processo de embarque do caju o exportador que tiver todo o processo regularizado com o Estado e no mesmo dia receberá ordens de escoamento do produto para o navio.
Cada tonelada de castanha de caju é vendida, em média, por cada produtor por 400 euros (250000 francos CFA).
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