Governo cabo-verdiano quer apoio da CEDEAO para controlar armas ligeiras
A questão da segurança tornou-se um "fenômeno preocupante" na África Ocidental e fez da sub-região uma das mais inseguras do continente africano.
A preocupação foi expressa pelo ministro das Relações Exteriores cabo-verdiano - Jorge Borges, que discursava na sessão de abertura da reunião das Comissões Nacionais de Luta contra Armas Ligeiras, iniciada esta segunda-feira na Cidade da Praia e que até quarta-feira passará em revista as atividades em curso para a implementação da Convenção da CEDEAO sobre Armas Ligeiras. "A criminalidade internacional e terrorismo semeiam continuam a estender o manto de destruição, a ponto de ameaçar a sobrevivência de Estados e, em certos casos, da própria sociedade, em particular na costa ocidental africana, em que a questão da segurança transformou-se um fenómeno preocupante e fez dela uma das mais inseguras de África".
Nesse sentido, também na opinião da ministra cabo-verdiana da Administração Interna - Marisa Morais, há a necessidade de os 15 Estados membros da CEDEAO e da própria instituição se entreajudarem em abordagens multilaterais que ajudem a prevenir, mitigar e resolver alguns conflitos" na sub-região. O mesmo caminho deve também ser seguido na luta contra o tráfico de armas ligeiras e de pequeno calibre, admitindo também que o fenómeno se tem revelado um dos "elementos maiores na perceção" que se tem da segurança na região oeste-africana, uma vez que "ultrapassa" as fronteiras regionais.
A reunião visa, entre outros objetivos, estabelecer as principais atividades a financiar e identificar e formalizar as orientações relativas as comissões nacionais, contando com representantes, além de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
RDP
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