sábado, 14 de junho de 2014

HOLANDA IMPÕE MAIOR GOLEADA DE SEMPRE À CAMPEÃ (HOLANDA 5 - ESPANHA 1)


Nunca o campeão do mundo tinha sofrido tamanha goleada. A Espanha esteve a vencer, mas Van Persie e Arjen Robben lançaram a Holanda para uma reviravolta que terminou com uma goleada histórica.

Os espanhóis mais supersticiosos não vão esquecer esta sexta-feira 13. Um jogo em que a Espanha ia ameaçando com o 2-0 terminou com a maior derrota de sempre de um campeão em título no Mundial: a roja caiu aos pés da Holanda, por 5-1, na "reedição" da final do Mundial 2010. Foram cinco, mas poderiam ter sido bem mais, tamanha que foi a superioridade da "laranja mecânica" na segunda parte. Não foi desta que o Mundial 2014 teve um jogo sem polémica, mas o Brasil e o Mundo testemunharam um recital de futebol para a história.

Numa partida marcada pela titularidade do hispano-brasileiro Diego Costa, a Espanha começou cedo a "mandar" no jogo, apesar de só Casillas ter negado o golo a Sneijder (8'), no dia em que o médio se tornou no sexto holandês a chegar às cem internacionalizações. No minuto 27, Diego Costa foi ao chão na grande área, sem que aparentasse haver motivo para tal, mas o árbitro concedeu grande penalidade. Xabi Alonso aproveitou para colocar a Espanha na frente do marcador e, virtualmente, na liderança do grupo B, que inclui Chile e Austrália.

Quando Cillessen negou o 2-0 a David Silva (43'), na melhor defesa da partida, parecia que a Holanda estava destinada a não resistir muito mais. Puro engano. Blind até pode ser cego na língua inglesa, mas foi pela sua visão de jogo que a Holanda fez o impensável: aos 44 minutos, soberbo cruzamento para um voo magistral de Van Persie, a fazer um dos melhores golos de cabeça da história dos Mundiais; aos 53', mais uma excelente assistência, desta vez para o domínio e a conclusão irrepreensíveis de Arjen Robben.

Com os nervos à flor da pele - Diego Costa chegou a agredir um adversário, lance que passou despercebido -, a Espanha descontrolou-se e, aos 65 minutos, a Holanda "matou" o jogo. Na sequência de um canto, De Vrij cabeceou para o fundo das redes, mas fê-lo na sequência de uma falta descarada de Van Persie sobre Casillas - não sofria golos há 477 minutos em fases finais e fica, assim, com a terceira melhor marca de sempre, atrás de Peter Shilton (500) e Walter Zenga (517).

O guarda-redes acusou, e de que maneira, o lance: aos 73', perdeu a bola para Van Persie, em plena grande área, e o holandês aproveitou para encostar e garantir a distinção de melhor em campo. Mas Arjen Robben não quis deixar de reforçar o seu protagonismo e, aos 80', deixou Sergio Ramos para trás antes de, habilmente, contornar Casillas e fechar a mão cheia de espetáculo. A "laranja mecânica" reafirma-se como candidata à conquista do Mundial, enquanto a Espanha viu o "tiki taka" ser espremido por todos os lados.
DN

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