A Guiné-Bissau perde anualmente mais de 40% da produção de arroz devido à má qualidade das sementes e por falta de equipamentos apropriados para proceder à colheita e sua recolha, revelou sábado passado o presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Agrária (INPA), Simão Gomes.
Este técnico agrícola sublinhou que, apesar do uso parcial de tractores e outros equipamentos na produção de arroz, as fases da e pós-colheitas necessitam de máquinas tais como debulhadoras-ceifeiras, descasque, ensacamento e silos em condições exigidas para o armazenamento do cereal produzido.
“Nas épocas agrícolas transactas, o país perdeu muito arroz produzido por falta destes materiais”, lamentou sem especificar a quantidade deste cereal que anualmente se produz na Guiné-Bissau.
Apelou também à necessidade do Estado guineense em investir na produção de sementes locais de qualidade porque, justificou, grande parte da que é importada revela-se vulnerável a doenças ou apresenta dificuldades na adaptação às condições locais.
Simão Gomes falava na primeira Feira Nacional de Sementes organizada pelo Ministério da Agricultura no fim-de-semana na localidade de Contuboel, região de Bafatá, a 150 quilómetros a leste de Bissau, e financiada pela Agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO).
Números divulgados pela FAO em 2016 indicam que a produção de arroz da Guiné-Bissau estava estimada em 111 mil toneladas, contra um consumo que excedia 200 mil toneladas por ano.
Conosaba/faladepapagaio(Macauhub)
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