O secretário-geral do ministério da saúde pública considerou esta terça-feira que em África uma mulher em cada 42 corre o risco de morrer devido às complicações ligadas a gravidez, enquanto em países desenvolvidos essa relação é de 1 por 2.900.
Guilherme Sila que falava durante a abertura do fórum nacional de saúde materno infantil que iniciou hoje e com duração de dois dias, disse também que na Guiné-Bissau, segundo os dados do inquérito MICS de 2014, a mortalidade materna passou de 790/100.000 nados vivos para 900/100.000 nados vivos.
“ A mortalidade infanto-juvenil, segundo os mesmos dados, situam-se em 55/1.000 nados vivos, enquanto que a mortalidade infantil é de 88,8/1.000 nados vivos”, diz, para depois justificar que uma das causas destes números é a ainda deficiente cobertura dos indicadores de saúde reprodutiva, partos assistidos, uso dos contraceptivos e as actividades de imunização e vigilância epidemológica.
Este responsável justificou que as principais razões que levam à morte durante a gravidez e o parto, são as hemorragias graves, os abortos praticados em más condições de segurança, e a eclampsia e outras complicações médicas como as cardiopatias, as diabetes ou VIH/ sida. “ Estas causas são agravadas pelas gravidezes sem o devido espaçamento, gravidezes precoces, a grande multiparidade”, sublinhou.
Entretanto, o director-geral de saúde reprodutiva Alfredo Alves sublinhou que há uma mudança de comportamento nos profissionais de saúde assim como nas populações.
O fórum tem por objectivo criar um espaço que permita reflectir sobre a implementação do Plano Operacional para a passagem e escala Nacional das intervenções de alto impacto na redução da mortalidade infantil e materna, entre outros.
Durante o fórum serão abordados questões importantes de que resultarão estratégias e recomendações realistas para a implementação das actividades tendentes a melhorar os indicadores.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi/conosaba
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